CCT vai debater desafios e perspectivas do setor aeroespacial brasileiro — Rádio Senado
Ciência e Tecnologia

CCT vai debater desafios e perspectivas do setor aeroespacial brasileiro

12/02/2016, 13h55 - ATUALIZADO EM 12/02/2016, 13h55
Duração de áudio: 02:12
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SENADO VAI DEBATER, NA PRÓXIMA TERÇA-FEIRA, OS DESAFIOS E AS PERSPECTIVAS DO SETOR AEROESPACIAL BRASILEIRO. LOC: OS SENADORES QUEREM BUSCAR FONTES DE INVESTIMENTO NESSA ÁREA, COMO FORMA DE CRIAR EMPREGOS E GERAR RENDA. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. (Repórter) Em um cenário de crise econômica, em vez de cortar investimentos no setor aeroespacial, o Brasil precisa intensificar os esforços para desenvolver essas tecnologias. É isso o que defendem especialistas na área, ouvidos pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. O presidente da Visiona Tecnologia Espacial, Eduardo Bonini, relatou que a falta de projetos provoca a fuga de mão de obra qualificada para outros países, além da falência das empresas do setor. Na mesma direção apontou o embaixador Rubens Barbosa, hoje à frente do Conselho de Comércio Exterior da Fiesp. Ele disse que se a base de Alcântara estivesse funcionando comercialmente – pois hoje ela está travada pelo atraso na confirmação de um acordo entre o Brasil e os Estados Unidos – haveria recursos de sobra para investir no setor. (Rubens Barbosa) Cada lançamento de satélite da base de Alcântara geraria quarenta, cinquenta milhões de dólares, que poderia ser muito mais do que esses minguados recursos que nós temos hoje para o programa espacial brasileiro. (Repórter) Em outro debate, o comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, destacou ainda a importância estratégica do programa espacial. (Nivaldo Luiz Rossato) Nós estaríamos talvez uns 40 anos atrasados nessa parte espacial. Hoje quem não domina o espaço não tem uma soberania da região. Nós dependemos dos satélites de geoposicionamento para agricultura, para uma porção de coisas. E se quiserem, os países que são donos dessas constelações, eles podem fazer restrições de acordo com as suas necessidades. (Repórter) Agora é a vez da Comissão de Ciência e Tecnologia discutir o setor aeroespacial, a pedido do senador Lasier Martins, do PDT do Rio Grande do Sul. (Lasier Martins) O setor aeroespacial brasileiro enfrenta muitos desafios e tem muitas perspectivas, porque é um setor muito rico, em receitas bilionárias, e nós não estamos participando disso em investimentos. Nós poderíamos criar condições, focalizando a busca de bancos oficiais, em especial o BNDES, para investimentos nessa área. (Repórter) Foram convidados para o debate o presidente da Agência Espacial Brasileira, José Raimundo Braga Coelho, o da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil, Walter Bartels, e o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Leonel Perondi.

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