Governo e oposição sinalizam posições diferentes em relação ao cenário econômico em 2016 — Rádio Senado
Economia

Governo e oposição sinalizam posições diferentes em relação ao cenário econômico em 2016

13/01/2016, 16h33 - ATUALIZADO EM 13/01/2016, 16h33
Duração de áudio: 02:08
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: GOVERNO E OPOSIÇÃO SINALIZAM POSIÇÕES DIFERENTES EM RELAÇÃO AO CENÁRIO ECONÔMICO EM 2016. LOC: ENQUANTO GOVERNISTAS APOSTAM NA REDUÇÃO DA INFLAÇÃO, OPOSICIONISTAS AVALIAM QUE O ANO AINDA SERÁ DE RECESSÃO E DESEMPREGO. REPÓRTER PAULA GROBA. TÉC (Repórter) Senadores da base aliada e da oposição têm visões distintas sobre o cenário econômico de 2016. Os cortes orçamentários, a reestruturação administrativa e as medidas para aumentar a arrecadação, como o aumento de tributos, devem garantir a melhoria das contas públicas, na avaliação da senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná. Ela destacou que foram quitadas as chamadas pedaladas fiscais, o que, segundo a senadora, vai gerar a possibilidade de os bancos oferecerem mais crédito aos contribuintes. Gleisi Hoffmann prevê que essas medidas vão garantir um alívio aos brasileiros neste ano, com uma expectativa de inflação em queda, chegando a menos de 7 por cento. (GLEISI) A expectativa para 2016 já feita pelo próprio mercado é que a inflação vai recuar cerca de 4 pontos percentuais. Nós vamos fechar a inflação em 2016 com menos de 7 por cento. Isso porque a demanda está fraca e nós temos uma queda da economia aí realmente sustenta essa variação de que o PIB vai ter um encolhimento maior. Mas a inflação que seria um grande problema nosso com certeza vai arrefecer. (Repórter) Mas na visão do senador Álvaro Dias, do Paraná, o cenário não será tão positivo. Para ele, o aumento dos impostos e o desemprego vão manter o quadro de recessão. (ALVARO) O cenário é de pessimismo porque o chamado ajuste fiscal feito pelo governo não foi suficiente. Reformas fundamentais não foram realizadas então não houve aquecimento da economia. É difícil acreditar que 2016 possa ser melhor do que 2015. (Repórter) Várias das medidas que fazem parte do ajuste fiscal foram aprovadas pelo Senado durante o ano de 2015. Entre elas, a proposta que tornou mais duras as regras para o pagamento do auxílio-doença e da pensão por morte; a que elevou a cobrança do PIS e da Cofins de produtos importados; e a que trata da repatriação de patrimônio não declarado à Receita Federal mantido por brasileiros no exterior. Da Rádio Senado, Paula Groba.

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