Atentado ao jornal satírico Charlie Hebdo em Paris completou um ano na última quinta — Rádio Senado
Liberdade de expressão

Atentado ao jornal satírico Charlie Hebdo em Paris completou um ano na última quinta

07/01/2016, 17h01 - ATUALIZADO EM 08/01/2016, 12h32
Duração de áudio: 02:26
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: O ATENTADO AO JORNAL SATÍRICO CHARLIE HEBDO EM PARIS COMPLETOU UM ANO NESTA QUINTA FEIRA. NA OCASIÃO, FORAM MORTAS 12 PESSOAS, ENTRE JORNALISTAS E POLICIAIS, POR DOIS IRMÃOS RADICAIS ISLÂMICOS. LOC: OS DESDOBRAMENTOS DO CASO TEM GERADO DEBATES SOBRE A LIBERDADE DE EXPRESSÃO E PREOCUPAÇÃO COM A SEGURANÇA DE EVENTOS INTERNACIONAIS, COMO AS OLIMPÍADAS NO RIO DE JANEIRO. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. TEC: Em 7 de janeiro de 2015 dois irmãos radicais islâmicos, filhos de pais argelinos e criados em orfanato atacaram a redação do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, matando 8 de seus cartunistas, 2 colaboradores e 2 policiais. Outro atentado, contra uma policial e um mercado de comida judia aconteceu no dia 8 de janeiro, resultando em mais cinco mortos. Posteriormente, os dois terroristas do ataque ao jornal Charlie e o terrorista do mercado judeu foram mortos. O senador João Capiberibe, do PSB do Amapá, fez uma avaliação dos efeitos dos atentados em Paris. O senador afirmou que os ataques a civis inocentes são inaceitáveis e lembrou que os terroristas miraram propositadamente a França como alvo no ano de 2015: (CAPIBERIBE): Houve uma escalada em relação à França. A França tem um enorme passivo em relação à dominação colonial que ela teve na África, na Ásia...O terrorismo é abominável, é inaceitável. Não há como aceitar que pessoas inocentes, pessoas que não tenham qualquer tipo de participação sejam sacrificadas pela insânia, pela loucura do terrorismo. (REPÓRTER): Os atentados ocorridos na Europa em 2015 abriram os olhos do Brasil em relação à segurança de grandes eventos. O principal deles, os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. O senador João Capiberibe acredita que, apesar das Olimpíadas atraírem uma enorme atenção internacional sobre o Brasil, o país não deve ser alvo de terroristas: (CAPIBERIBE): Do ponto de vista de ataques terroristas, eu confesso que tenha dificuldades de dizer que isso possa acontecer no Brasil. O Brasil tem o seu próprio terrorismo interno. É um país onde há uma perseguição sistemática, um desrespeito aos direitos humanos permanentes em relação aos pobres. Depois existe no Brasi,l existe uma organização criminosa muito sólida, implantada no meio popular, que é o crime organizado, o narcotráfico. (REPÓRTER): Após o atentado contra o jornal Charlie Hebdo, uma série de manifestações em diversas redes sociais colocou em evidência a hashtag #SomosTodosCharlie. Diversos eventos e passeatas, principalmente na Europa, reuniram milhares de ativistas pela Liberdade de Expressão.

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