Propostas buscam equacionar crise na saúde e sugerem fontes de renda alternativas para o setor — Rádio Senado
Saúde

Propostas buscam equacionar crise na saúde e sugerem fontes de renda alternativas para o setor

05/01/2016, 12h06 - ATUALIZADO EM 05/01/2016, 12h06
Duração de áudio: 02:49
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A CRISE NA SAÚDE ENFRENTADA POR VÁRIOS ESTADOS DO PAÍS TEM SE AGRAVADO COM A FALTA DE VERBAS DESTINADAS AOS HOSPITAIS. LOC: NO SENADO, ALGUMAS PROPOSTAS BUSCAM EQUACIONAR O PROBLEMA E SUGEREM FONTES DE RENDA ALTERNATIVAS PARA A SAÚDE. OUÇA OS DETALHES COM A REPÓRTER PAULA GROBA. TEC: Falta de medicamentos, poucos médicos, má gestão. Esses são os principais problemas enfrentados na saúde pública em vários estados e municípios do país. Rio de Janeiro e Distrito Federal são dois exemplos de unidades da federação que enfrentam atualmente graves crises no setor. Os governadores alegam que o problema tem se agravado pela falta de recursos. No Senado, parlamentares buscam alternativas para reverter a situação. O senador Otto Alencar, do PSD da Bahia, é autor de dois projetos que buscam novas fontes de arrecadação de recursos para a saúde. Um deles transfere o dinheiro arrecadado com impostos sobre cigarros e medicamentos para o Sistema Único de Saúde. O senador explica que a distribuição dessa verba, de cerca de 20 bilhões de reais, seria feita aos estados e municípios. (OTTO) Isso seria distribuído aos Fundos Estaduais de Saúde e Fundos Municipais de Saúde. Com isso pode se alocar mais algo em torno de 20 bilhões de reais pra aplicar no sistema único de saúde que cada vez mais atende mais pessoas e a crise dificulta inclusive os brasileiros de terem planos privados de saúde. (Repórter) Outra proposta de Otto Alencar aumenta o percentual repassado do Seguro DPVAT para o Fundo Nacional de Saúde. Pelo projeto, o fundo passaria a receber 60 por cento dos valores arrecadados. Atualmente 45 por cento são direcionados ao setor. Já o senador Dalírio Beber, do PSDB de Santa Catarina, apresentou um projeto que determina o pagamento direto a estados, municípios e Distrito Federal dos valores arrecadados por atendimentos feitos no SUS a pacientes que possuem planos de saúde. Atualmente, esse dinheiro vai direto para o Fundo Nacional de Saúde. Segundo o senador, estados e municípios vem reivindicando esse repasse. De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar, ANS, as operadoras de planos de saúde devem 1 bilhão e 600 milhões ao SUS. Dalírio Beber acredita que a má distribuição de recursos públicos dificulta a melhoria da qualidade dos serviços de saúde. (DALÍRIO) Se nós tivéssemos uma racionalização melhor em relação à partilha distribuição dos recursos é bem provável que surgiria, nas microrregiões ou mesorregiões, equipamentos de atendimento à saúde pública que facilitaria o acesso e reduziria esse vai e vem desses pacientes que no desespero tem que buscar em algum lugar uma tábua de salvação. (Repórter) Os três projetos fazem parte da Agenda Brasil, conjunto de prioridades listado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, com o propósito de retomar o crescimento econômico do país. Se aprovados no Senado, seguem para a Câmara dos Deputados.

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