CPI do Assassinatos de Jovens realizou audiências em 7 estados — Rádio Senado
Balanço 2015

CPI do Assassinatos de Jovens realizou audiências em 7 estados

23/12/2015, 17h32 - ATUALIZADO EM 23/12/2015, 17h32
Duração de áudio: 02:17
Jonas Pereira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A CPI DO ASSASSINATO DE JOVENS FEZ AUDIÊNCIAS PÚBLICAS EM SETE ESTADOS. LOC: AUTORIDADES DE RORAIMA, RIO GRANDE DO NORTE, AMAZONAS, PERNAMBUCO, RIO DE JANEIRO, BAHIA E MATO GROSSO DISCUTIRAM OS DADOS DA VIOLÊNCIA LOCAL. REPÓRTER HEBERT MADEIRA. (Repórter) Ao longo de 2015, a CPI do Assassinato de Jovens foi a sete estados para discutir os dados referentes à violência: Roraima, Rio Grande do Norte, Amazonas, Pernambuco, Rio de Janeiro, Bahia e Mato Grosso. A violência em cada estado acontece por diferentes motivações e atinge grupos diversos, de acordo com o local. Quem explicou foi a presidente da comissão, senadora Lídice da Mata, do PSB da Bahia, em audiência pública no seu estado. Na região Norte, por exemplo, a maioria dos casos de violência contra jovens acontece contra Indígenas. A CPI ouviu as autoridades a respeito da particularidade de cada região. Só na Bahia, 37 assassinatos foram registrados para cada 100 mil habitantes nos últimos quinze anos. Além disso, como destaca Lídice da Mata, os números têm aumentado:. (Lídice da Mata) Nós estamos chegando numa situação de grande calamidade no Brasil em relação às mortes violentas anuais. Essa é uma característica que une pobreza com crime organizado. Mas isso não quer dizer que nós devamos ficar calados, permitindo que essa realidade seja agravada. (Repórter) Outro estado que recebeu a CPI foi o do relator Lindbergh Farias, senador pelo PT do Rio de Janeiro. Lindbergh aponta a guerra dos traficantes de drogas contra a polícia como um agravante. (Lindbergh Farias) Lá no estado que eu vivo, no Rio de Janeiro, o jovem morre muito em cima dessa política de guerra às drogas. A maior parte dos assassinatos acontece no enfrentamento com a polícia com a milícia e com o tráfico. (Repórter) De mais de 3 mil jovens assassinados no Rio Grande do Norte entre janeiro de 2013 e agosto de 2015, a maioria era formada por negros e pardos de 18 a 24 anos. Para a senadora pelo PT do estado, Fátima Bezerra, esse quadro segue o padrão observado em todo o país. (Fátima) Trata-se de quase que um extermínio da juventude, que tem cor, que tem rosto, que tem origem de classe. A maioria esmagadora dos jovens que são assassinados pelo país afora são jovens de cor negra, são jovens das periferias. (Repórter) Políticas federais integradas foram soluções constantemente mencionadas nas discussões para o enfrentamento do problema.

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