Presidente do Conselho de Ética acolhe representações contra Delcídio e Randolfe — Rádio Senado
Conselho de Ética

Presidente do Conselho de Ética acolhe representações contra Delcídio e Randolfe

15/12/2015, 17h20 - ATUALIZADO EM 15/12/2015, 17h20
Duração de áudio: 02:01
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: O PRESIDENTE DO CONSELHO DE ÉTICA, JOÃO ALBERTO SOUZA, DECIDIU ACOLHER REPRESENTAÇÕES CONTRA OS SENADORES DELCÍDIO DO AMARAL E RANDOLFE RODRIGUES. LOC: O CONSELHO JÁ SE REÚNE NA PRÓXIMA QUINTA-FEIRA PARA O SORTEIO DOS RELATORES QUE VÃO ANALISAR AS REPRESENTAÇÕES. REPÓRTER PAULA GROBA. (Repórter) A representação contra o senador Delcídio do Amaral, do PT de Mato Grosso do Sul, acusado de obstruir as investigações da Operação Lava Jato, partiu do senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, que também é alvo de representação no Conselho de Ética. Ele é acusado pelo ex-presidente da Assembléia Legislativa do seu estado, Fran Soares Junior, de suposto recebimento de propina, em 2013, em troca de apoio político ao então governador João Capiberibe. Segundo o presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto, do PMDB do Maranhão, as duas representações foram analisadas pela Advocacia Geral do Senado e há indícios suficientes para dar prosseguimento às petições. Sobre o caso de Randolfe, João Alberto justificou que acolheu a representação somente dois anos após a denúncia ser protocolada devido à demora na coleta de documentos. (João Alberto) Ele dizia que os documentos não eram verdadeiros, eu busquei os documentos. E houve uma demora muito grande. Inclusive a advocacia fez um trabalho semelhante para que não fosse uma acusação vaga. (Repórter) Randolfe Rodrigues alega que as acusações são infundadas, ao lembrar que dois procuradores-gerais da República já solicitaram o arquivamento do caso por considerarem as provas falsas, o que foi feito pelo Supremo Tribunal Federal. Ele diz que está sendo alvo de retaliação. (Randolfe Rodrigues) Onde o denunciante tenta ser intimidado por alguns daqueles que deveriam estar sendo investigados. É uma atitude protelatória e intimidatória, só que não vai ser agora que alguma intimidação vai prosperar. (Repórter) Randolfe afirmou ainda que já entrou com um mandado de segurança no STF para tentar barrar o prosseguimento da representação no Conselho de Ética. Quem vai julgar a liminar será o ministro Marco Aurélio Mello. O colegiado se reúne na próxima quinta-feira para o sorteio dos dois relatores que vão analisar as representações.

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