CDH debate tragédia ocorrida em Mariana (MG)
O rompimento da barragem de mineração em Mariana (MG), as perdas para os moradores e os danos ambientais ao longo do Rio Doce foram tema de debate na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH) nesta segunda-feira (14). O representante da Samarco afirmou que a empresa vai apresentar um plano de assistência às famílias e de recuperação da área. O presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT – RS), defende uma legislação mais rigorosa para a mineração. Segundo Paim, é preciso apurar as causas e responsabilidades, e refletir sobre o modelo de desenvolvimento que se quer para o País.
Transcrição
LOC: O ROMPIMENTO DA BARRAGEM DE MINERAÇÃO EM MARIANA, AS PERDAS PARA OS MORADORES E OS DANOS AMBIENTAIS AO LONGO DO RIO DOCE FORAM TEMA DE DEBATE NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS NESTA SEGUNDA-FEIRA.
LOC: O REPRESENTANTE DA SAMARCO AFIRMOU QUE A EMPRESA VAI APRESENTAR UM PLANO DE ASSISTÊNCIA ÀS FAMÍLIAS E DE RECUPERAÇÃO DA ÁREA. REPÓRTER NARA FERREIRA:
TEC: O presidente da Comissão de Direitos Humanos, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, defende uma legislação mais rigorosa para a mineração. Ele disse que é preciso apurar as causas e responsabilidades, e refletir sobre o modelo de desenvolvimento que se quer para o País. Paim lembrou que o rompimento da barragem da Samarco em Minas Gerais provocou o vazamento de 55 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério, destruiu o distrito de Bento Rodrigues e provocou mortes. A lama percorreu mais de 600 quilômetros até o mar, matou milhares de animais, contaminou área de preservação, inviabilizou a pesca, a pecuária e as lavouras. Paim lembrou que a recuperação pode levar décadas
(PAIM) Temos plena consciência de que o Brasil não pode prescindir da atividade econômica, mas não podemos permitir que essa atividade, em qualquer de seus estágios, se faça negligenciando medidas de segurança e proteção à vida das pessoas e a preservação do meio ambiente.
(REP) Estaneslau Klein, representante da Samarco Mineração, afirmou que a empresa mobilizou todos os recursos disponíveis para ações emergenciais, e elabora um planejamento de longo prazo que será apresentado nos próximos dias.
(ESTANESLAU) Todas as medidas futuras de reassentamento, reconstrução dessas localidades, programa de desenvolvimento econômico e recuperação socioambiental, queremos construir de forma participativa em conjunto com todas as instituições e pessoas afetadas nessas regiões.
(REP) O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Cristiano Silveira, criticou o fato de funcionários da Samarco tentarem negociar diretamente com os atingidos. Ele propõe que todas as barragens sejam revistas
(CRISTIANO): A pergunta que o povo em Minas Gerais tem feito é qual vai ser o próximo e quantas pessoas vão morrer no próximo.
(REP) O presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Extrativistas de Minas Gerais José Maria Soares disse que há centenas de barragens em situação de risco.
