Comissão de Mudanças Climáticas debate crise hídrica que afeta Borborema-PB
Transcrição
LOC: A COMISSÃO MISTA DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS DISCUTIU A CRISE HÍDRICA EM BORBOREMA, NA PARAÍBA.
LOC: OS CONVIDADOS PEDIRAM A ANTECIPAÇÃO DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO, JÁ QUE O RESERVATÓRIO DE ÁGUA DA CIDADE DEVE SE ESGOTAR EM 2017. REPÓRTER HEBERT MADEIRA.
(Repórter) A discussão foi no sentido de ver quais as soluções para o problema hídrico de Borborema, região do município paraibano Campina Grande. Há um ano, mais de 400 mil habitantes sofrem racionamento de água. O principal manancial, o Açude Boqueirão, está com 13,2 por cento da sua capacidade. Segundo o diretor de gestão da Agência Nacional de Águas, Paulo Varella Neto, a estimativa é que a reserva dure até janeiro de 2017. Por isso, é importante que a transposição do Rio São Francisco seja antecipada. A previsão para a conclusão do Eixo Leste, que abastecerá a região, é dezembro de 2016, como informa o assessor especial do Ministério da Integração Nacional, Irani Ramos Braga. Ele explicou que a ideia do Ministério é adiantar a transposição, mas, para isso, é importante a participação dos parlamentares.
( Irani Ramos Braga) A participação do parlamento na discussão do orçamento, nas conversas com os órgãos de planejamento e financeiros no sentido de garantir a disponibilidade financeira e orçamentária para essas obras que são essenciais, a força de vocês é infinitamente maior que a nossa.
(Repórter) O deputado Marcondes Gadelha, do PSC da Paraíba, argumentou que é importante estudar como e de onde se pode conseguir o abastecimento agora. Ele considera que a solução, para o momento, é buscar água no subsolo. Em Boqueirão e alguns municípios, a água da transposição vai chegar por percurso natural. Porém, o senador Raimundo Lira, do PMDB da Paraíba, chamou atenção para a construção de um canal de 6 quilômetros entre alguns trechos, que deverá evitar o desperdício.
(Raimundo Lira) A circulação natural tem desperdício muito grande, e dos canais tem apenas 2%. Como essa é uma água cara, por causa das estações elevatórias que são necessárias, além do bombeamento e da eletricidade, é importante que o desperdício dessa transposição seja o menor possível.
(Repórter) O diretor presidente da Agência Executiva de Gestão de Águas do Estado da Paraíba, João Fernandes, disse que parte da água reservada precisa ser utilizada para que não se perca por motivos naturais, como a evaporação.