Mauro Vieira declara que Transpacífico pode ser uma ameaça ao Brasil nas questões agrícolas — Rádio Senado
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Mauro Vieira declara que Transpacífico pode ser uma ameaça ao Brasil nas questões agrícolas

24/11/2015, 13h28 - ATUALIZADO EM 24/11/2015, 13h28
Duração de áudio: 02:08
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: EM AUDIÊNCIA NO SENADO, MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES AFIRMA QUE PARCERIA DO TRANSPACÍFICO PODE SER UMA AMEAÇA AO BRASIL NAS QUESTÕES AGRÍCOLAS. LOC: MAURO VIEIRA TAMBÉM DECLARA QUE O PAÍS VAI ACOMPANHAR, POR MEIO DA UNASUL, AS ELEIÇÕES NA VENEZUELA EM DEZEMBRO. ELE NEGOU QUE O EX-MINISTRO NELSON JOBIM TENHA SIDO VETADO COMO UM DOS OBSERVADORES. REPÓRTER PAULA GROBA. TÉC (Repórter) O ministro Mauro Vieira declarou aos membros da Comissão de Relações Exteriores que a Parceria Estratégica TransPacífico levará anos para se consolidar e que algumas garantias presentes no acordo já estão em plena vigência entre alguns dos 12 países membros. Para o ministro, a entrada do Japão nas negociações tornou o acordo muito mais significativo e as preocupações do Brasil estão nas diretrizes que serão firmadas na área agrícola. (MAURO) Na área agrícola os grandes mercados da TPP aplicam restrições tarifárias significativas. E aí sim pode haver prejuízos para o Brasil. Em agricultura, mas do que as barreiras tarifárias, são as barreiras sanitárias que podem ser importantes. Isso é sem dúvida alguma um tema de interesse e de acompanhamento. (Repórter) As investidas do Brasil na Rodada de Doha, da Organização Mundial do Comércio, foram criticadas pelos senadores Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, e Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul. No entanto, Mauro Vieira afirmou que, igualmente preocupado com as questões agrícolas no comércio mundial, o Brasil continuará nas negociações. Além da Rodada de Doha, ele destacou que a presidente Dilma Rousseff também considera o acordo entre Mercosul e União Europeia prioritário. Outro tema que dominou os debates foram as eleições na Venezuela, que ocorrem no dia 6 de dezembro. O senador Tasso Jereissatti, do PSDB do Ceará, afirmou que o Brasil não tem se manifestado sobre o caso e citou o suposto veto ao nome do ex-ministro Nelson Jobim como observador no pleito. Vieira negou que tenha existido o veto. Já o senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB de São Paulo, pediu que o Brasil se posicione publicamente sobre as privações democráticas que aquele país vem enfrentando. (ALOISIO) Dirigentes, líderes políticos estão presos, não têm condição de usar os meios de comunicação. O que eu espero é que o governo brasileiro tenha uma palavra pública para expressas o mínimo de solidariedade com os democratas venezuelanos. (Repórter) Mauro Vieira disse que o Brasil acompanha o processo eleitoral junto à Unasul sem, no entanto, a participação do Tribunal Superior Eleitoral brasileiro. Da Rádio Senado, Paula Groba.

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