CDH debate com especialistas políticas públicas para prevenir casos de suicídio
No Brasil, a cada ano, quase 12 mil pessoas cometem suicídio. E a tendência é de crescimento desse tipo de morte entre adolescentes e jovens. Nos últimos dez anos, a taxa de suicídio cresceu mais de 40% entre os brasileiros de 15 a 29 anos. Os números considerados alarmantes foram revelados em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), que discutiu com especialistas estratégias e políticas públicas para prevenir e reduzir os casos. O autor do pedido, senador Hélio José (PSD – DF), lamentou que o suicídio ainda seja um tema cercado por tabus e preconceitos. Para o senador, o problema representa uma epidemia no Brasil e no mundo.
Transcrição
LOC: O SUICÍDIO É UMA EPIDEMIA SILENCIOSA E MATA MAIS DE DEZ MIL BRASILEIROS POR ANO.
LOC: A AVALIAÇÃO FOI FEITA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS QUE DISCUTIU COM ESPECIALISTAS E AUTORIDADES AS ESTRATÉGIAS E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA PREVENIR CASOS DE SUICÍDIO. REPÓRTER GEORGE CARDIM.
Téc: Segundo a Organização Mundial da Saúde, a cada 40 segundos uma pessoa de suicida no mundo. No Brasil, quase 12 mil pessoas se matam por ano e a tendência é de crescimento destas mortes entre adolescentes e jovens. Nos últimos dez anos, a taxa de suicídio cresceu mais de 40% entre os brasileiros de 15 a 29 anos. Os números considerados alarmantes foram revelados em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos, que discutiu com especialistas estratégias e políticas públicas para prevenir e reduzir os casos. O autor do pedido, senador Hélio José, do PSD do Distrito Federal, lamentou que o suicídio ainda seja um tema cercado por tabus e preconceitos e disse que o problema representa uma epidemia no Brasil e no mundo.
(Hélio José) “Muitos já falaram mas é preciso repisar. Vivemos uma epidemia silenciosa. De fato é uma epidemia que está afetando muita gente perto da gente. Por isso é importante a gente está aqui discutindo este tema”
(Repórter) Os médicos e psicólogos lembraram que há diversas oportunidades para salvar a vida de quem pensa em se matar e explicaram que é importante falar sobre o assunto e dar voz a quem sofre. O professor de psicologia da UNB, Marcelo Tavares, argumentou que as campanhas educativas e ações de prevenção são eficientes e defendeu que o suicídio deve ser tratado como um problema de saúde pública, com políticas e programas específicos.
(Marcelo) “Então os desafios nossos são muito grandes. O contexto da prevenção do suicídio é muito mais amplo, requer que a gente pense nas nossas crianças, nos nossos adolescentes, nos nossos idosos, nas profissões de risco e nas pessoas que possam ter experiências agudas de sofrimento”
(Repórter) No Brasil, o Centro de Valorização da Vida trabalha há 53 anos na prevenção do suicídio. A entidade atende vinte e quatro horas por dia no telefone 141, por email ou bate papo na internet, no endereço WWW.cvv.org.br