CMO cobra detalhamento das “pedaladas” para discutir meta fiscal de 2015 — Rádio Senado
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CMO cobra detalhamento das “pedaladas” para discutir meta fiscal de 2015

03/11/2015, 19h30 - ATUALIZADO EM 03/11/2015, 19h32
Duração de áudio: 02:17
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: O MINISTRO DA FAZENDA, JOAQUIM LEVY, SE REUNIU NESTA TERÇA-FEIRA COM A COMISSÃO MISTA DE ORÇAMENTO. LOC: ELE SE COMPROMETEU A ENVIAR UM DETALHAMENTO DO VALOR DAS PEDALADAS PARA QUE A COMISSÃO POSSA DEBATER A META FISCAL DE 2015. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA. TEC: O relator do projeto que altera a meta do déficit primário deste ano, deputado Hugo Leal, do PROS do Rio de Janeiro, estimou o pagamento de até 55 bilhões de reais devidos pelo Governo por repasses atrasados a bancos públicos, as chamadas pedaladas fiscais. Se o valor se confirmar, a estimativa do governo é que o déficit deste ano chegue perto de 118 bilhões de reais. Porém, parlamentares da oposição exigiram que o relatório de Hugo Leal trouxesse o valor exato a ser pago e não uma estimativa. Por isso, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, se comprometeu a enviar ao Congresso até esta quarta-feira um detalhamento da dívida acumulada com o Banco do Brasil, BNDES, FGTS e a Caixa Econômica em 2014. A presidente da CMO, senadora Rose de Freitas, do PMDB do Espírito Santo, falou após a reunião com o ministro que os dados serão fundamentais para subsidiar o trabalho da comissão. (Rose) “A exigência básica da comissão, que nós pregamos desde o início do ano, é que a gente tivesse um orçamento verdadeiro. E aqui foi reiterado as propostas de que ele mandasse discriminado tudo, para que os números batessem, fechassem, para que o relatório não sofresse nenhuma alteração.” (REP) O deputado Domingos Sávio, do PSDB de Minas Gerais, diz que ao aprovar a alteração da meta deste ano o Governo tenta já se livrar da acusação de crime de responsabilidade fiscal em 2015. (Domingos) “Com essa confissão de dívida nós esperamos que fique claro que o Governo fez um mal enorme ao Brasil. Gastou além do que podia, usou dinheiro de bancos públicos, como uma espécie de cheque sem fundo. E agora tenta dar remédio para um paciente que não vai responder mais, porque o ano está terminado.” (REP) A exigência do detalhamento foi colocada pela oposição como condição para colocar o projeto que altera a meta fiscal em votação. Nesta quarta-feira, também pode ser votado na CMO o relatório preliminar do Plano Plurianual de 2016 a 2019. Ainda está prevista para esta quarta-feira a entrega ao Congresso da defesa prévia das contas presidenciais de 2014, rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União.

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