Cristovam diz já ter argumentos para admitir uso medicinal da maconha — Rádio Senado

Cristovam diz já ter argumentos para admitir uso medicinal da maconha

LOC: DEPOIS DE CINCO AUDIÊNCIAS PÚBLICAS, O RELATOR DA PROPOSTA QUE PODE LEGALIZAR A MACONHA, CRISTOVAM BUARQUE, DISSE JÁ TER ARGUMENTOS PARA ADMITIR O USO MEDICINAL DA DROGA. 

LOC: MAS O SENADOR DO PDT DO DISTRITO FEDERAL AINDA NÃO CHEGOU A UMA CONCLUSÃO SOBRE A AUTORIZAÇÃO DO USO RECREATIVO DA MACONHA. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. 

TÉC: A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa debate a legalização do uso da maconha para fins medicinais e recreativos. A discussão é fruto de uma sugestão popular apresentada por meio do portal e-cidadania e que recebeu mais de 20 mil assinaturas de apoio. Para o relator do assunto, senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, uma coisa já ficou clara após as cinco audiências públicas. 

(CRISTOVAM): A proposta que aqui chegou trazia a discussão em torno do uso para fins recreativos e para fins medicinais. Com o debate feito até aqui, eu já tenho argumentos suficientes para ver que é preciso, sim, aproveitar o poder medicinal que essa erva tem. Não dá para deixar tanta gente sofrendo por causa de um preconceito sobre o uso de uma droga. 

(REPÓRTER): O uso medicinal, entretanto, levanta uma série de questões que ainda precisam ser esclarecidas, diz o relator da proposta. 

(CRISTOVAM): Vai ser produzida em uma farmácia, como o remédio que se toma para dor, que veio do ópio, que é proibido como droga, mas que é usado como matéria-prima? E aqueles que usam maconha para se proteger durante os tratamentos de quimioterapia, que têm de tomar o chá? A gente vai deixá-los produzir ou não? Mas, se deixá-los produzir, como é que vai limitar o tamanho? 

(REPÓRTER): Cristovam explicou que a CDH vai realizar mais duas audiências públicas. Aí ele terá condições de apresentar o relatório sobre a sugestão de regulamentação da maconha. 

(CRISTOVAM): Eu, hoje, não tenho posição sobre se a regulamentação é um caminho melhor ou pior do que o proibitismo de hoje. Mas tenho uma conclusão, sim: o proibitismo não está funcionando. 

(REPÓRTER): Pesquisadores, membros do governo, Ministério Público, Judiciário, Polícia, representantes da ONU, psicólogos e psiquiatras, além de dezenas de pessoas que tiveram oportunidade de usar da palavra participaram dos debates até o momento.
28/10/2015, 02h41 - ATUALIZADO EM 28/10/2015, 02h41
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