Bolsas Atleta e Pódio devem ser reavaliadas para garantir o incentivo à formação de novos atletas — Rádio Senado
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Bolsas Atleta e Pódio devem ser reavaliadas para garantir o incentivo à formação de novos atletas

08/10/2015, 14h26 - ATUALIZADO EM 08/10/2015, 14h26
Duração de áudio: 02:07
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: OS PROGRAMAS BOLSA-ATLETA E BOLSA-PÓDIO PRECISAM SER REAVALIADOS PARA GARANTIR O INCENTIVO À FORMAÇÃO DOS FUTUROS MEDALHISTAS. LOC: FOI O QUE DEFENDERAM NESTA QUINTA-FEIRA PARTICIPANTES DE UMA AUDIÊNCIA NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTE DO SENADO. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. TÉC (Repórter) O bolsa-atleta foi criado em 2005 e atende hoje 6.093 esportistas com benefícios de 370 reais para as categorias base e estudantil; 925, nacional; 1850, internacional; e 3100 reais nas categorias olímpica e paraolímpica. Em 2012, foi criada a bolsa-pódio, destinada a atletas com chances de disputar medalhas nos jogos Rio 2016, que varia de 5 a 15 mil reais, dependendo da classificação dos atletas em competições mundiais. Em 2015, 255 atletas recebem o benefício. Os participantes foram unânimes em reconhecer a importância das bolsas, mas defenderam uma grande reavaliação para garantir o incentivo na formação de novos atletas. O jornalista José Cruz explicou que hoje os esportistas famosos contam com diversas fontes de renda, e que os iniciantes ficam descobertos. (José Cruz) Hoje o Estado se tornou o grande financiador do atleta de alto rendimento, que já ganha premiações valiosas, e que continue ganhando. Não estou sendo contra os ganhos, mas está concentrado na cúpula, na elite, naquele que já tem muito. Em detrimento do atleta que está iniciando, que está ganhando 370 reais. (Repórter) Luciano Rezende, medalhista em tiro com arco, defendeu ainda o reajuste dos benefícios, lembrando que o investimento em esporte de alto rendimento custa muito para o atleta. (Luciano Rezende) Hoje um equipamento de alto rendimento no tiro com arco, ele custa no mínimo 10 mil reais, tivemos a alta do dólar recentemente, e o equipamento ele é todo importado. (Repórter) O senador Donizeti Nogueira, do PT do Tocantins, engrossou o coro por uma redistribuição das bolsas. (Donizeti Nogueira) Eu tenho o bolsa-atleta, eu tenho patrocínio do Correio, ainda aparece o patrocínio de uma empresa privada que quer botar o nome dela no meu uniforme. Aí eu penso que nós também precisamos racionalizar isso. (Repórter) Já o treinador de marcha atlética João Evangelista da Sena reclamou de burocracia e dificuldades no cadastramento para o bolsa-pódio, que paga os melhores benefícios. O coordenador do bolsa-atleta no Ministério do Esporte, Mosiah Rodrigues, disse que no caso do pódio a inscrição depende das federações desportivas, e que vai estudar a ampliação do período de cadastramento. Da Rádio Senado, Roberto Fragoso.

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