Alta de taxa de assassinato de policiais registrada no Brasil preocupa senadores — Rádio Senado
CPI do Assassinato de Jovens

Alta de taxa de assassinato de policiais registrada no Brasil preocupa senadores

06/10/2015, 09h19 - ATUALIZADO EM 06/10/2015, 09h19
Duração de áudio: 02:12
Marcos Oliveira / Agência Senado

Transcrição
LOC: A ALTA TAXA DE ASSASSINATO DE POLICIAIS REGISTRADA NO BRASIL PREOCUPA OS SENADORES. LOC: O ASSUNTO FOI DEBATIDO NESTA SEGUNDA-FEIRA PELA CPI DO ASSASSINATO DE JOVENS. A REPORTAGEM É DE MAURÍCIO DE SANTI: TÉC: Dados do Sindicato dos Policiais Civis do Rio de Janeiro apontam que, em 2014, 114 policiais, ente civis e militares, foram mortos no estado. A taxa de homicídio no Rio é de 198 assassinatos por 100 mil policiais. Só para efeito de comparação, na Alemanha inteira, no ano de 2012, foram mortos apenas três policiais, uma taxa de 1,2 por 100 mil. O presidente da Associação Nacional de Praças, cabo Elisandro de Souza, ressaltou que a realidade do Brasil como um todo não é diferente do que se observa no Rio de Janeiro. (ELISANDRO DE SOUZA): Nós temos no Brasil hoje um número seis vezes maior de mortes de policiais do que nos Estados Unidos, que comumente utilizado como exemplo. Nós vivemos no Brasil hoje uma guerra civil não declarada, em que tanto a população jovem e negra é vitima quanto os policiais são vítimas. É o sem camisa matando o descamisado. Isso acontece por vários fatores. E o primeiro deles é entender que a sociedade brasileira é uma sociedade violenta. (MAURÍCIO): O cabo Elisandro disse que o policial brasileiro sai do quartel ou da delegacia para cumprir uma missão, mas não tem nenhuma garantia de que vai voltar com vida. O senador Blairo Maggi, do PR de Mato Grosso, destacou que o assassinato de policiais é uma realidade que exige do Congresso Nacional mudanças na política de segurança pública no país: (BLAIRO MAGGI) A responsabilidade que temos é imensa e não podemos nos furtar a buscar e a oferecer as respostas que a nação espera de todos nós. O Senado Federal precisa assumir o seu papel nesse momento crucial de nossa história. (MAURÍCIO): O Senado já aprovou em junho deste ano a lei, sancionada pela presidente da República, que tornou crime hediondo o assassinato ou lesão corporal gravíssima contra policiais, bombeiros militares e integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública. A pena pode chegar a 30 anos de prisão. O agravante também vale quando o crime for cometido contra os familiares desses profissionais. Da Rádio Senado, Maurício de Santi.

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