CRE debate situação dos projetos estratégicos das Forças Armadas — Rádio Senado
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CRE debate situação dos projetos estratégicos das Forças Armadas

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) voltou a debater nesta quinta-feira (24) a situação dos projetos estratégicos para as forças armadas. Desta vez, os senadores ouviram o comandante do exército, general Eduardo Villas Bôas. O general admitiu a necessidade de renegociar os pagamentos às empresas que compõem a Base Industrial de Defesa, encarregada do desenvolvimento, produção e manutenção de produtos estratégicos.  O senador Ricardo Ferraço (PMDB – ES) manifestou preocupação com o futuro dos projetos da área e com a situação das empresas que compõem a Base Industrial de Defesa.

24/09/2015, 14h02 - ATUALIZADO EM 24/09/2015, 14h18
Duração de áudio: 02:12
Marcos Oliveira / Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL VOLTOU A DEBATER NESTA QUINTA-FEIRA A SITUAÇÃO DOS PROJETOS ESTRATÉGICOS PARA AS FORÇAS ARMADAS. LOC: DESTA VEZ, OS SENADORES OUVIRAM O COMANDANTE DO EXÉRCITO, GENERAL EDUARDO VILLAS BÔAS. ELE ADMITIU A NECESSIDADE DE RENEGOCIAR OS PAGAMENTOS ÀS EMPRESAS QUE COMPÕEM A BASE INDUSTRIAL DE DEFESA. REPÓRTER NARA FERREIRA: (Repórter) Entre os projetos mais importantes da área de defesa, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, citou o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira. Ele disse que o Sisfron é essencial porque repercute na segurança pública também, devido ao combate ao tráfico de drogas e armas nas fronteiras. Dos dez bilhões de reais previstos para implantação do projeto, ele disse que somente 7,2 por cento foram liberados até agora. O general citou ainda como fundamental o Projeto de Defesa Cibernética. Segundo ele, são mais de um milhão e meio de ataques cibernéticos por ano no Brasil, 51 por cento deles contra sites do governo. Outro programa prioritário é o Sistema de Proteção de Estruturas Estratégicas como usinas de geração de energia e linhas de transmissão, para garantir a segurança de grandes eventos como os Jogos Olimpícos. Quanto ao orçamento para 2015, o general Villas Boas admitiu dificuldades no pagamento das empresas da Base Industrial de Defesa, o que implica a perda de tecnologias nacionais inovadoras, atraso das obras e redução de emprego. (VILLAS BOAS) nós estamos no limite, se tirarmos acho que um real desses projetos, as empresas vão ter que descontinuar os projetos, então a solução me parece que foge, extrapola a questão meramente financeira-orçamentária. Precisamos de negociações que envolvem outras esferas de governo. (Repórter) O senador Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, manifestou preocupação com o futuro dos projetos da área e com a situação das empresas que compõem a Base Industrial de Defesa encarregadas do desenvolvimento, produção e manutenção de produtos estratégicos. (FERRAÇO) O Sisfrom foi projetado para ser implantado em dez anos, mas a manutenção desse cronograma físico financeiro ou desse ritmo de desembolso por parte do estado brasileiro esse programa não vai ser implantado em 60 anos. esse programa se transformou portanto em uma ficção. (Repórter) A partir das audiências públicas, a Comissão deverá apresentar até o final do ano um relatório sobre a eficácia das políticas de Defesa Nacional adotadas pelo governo federal. Da Rádio Senado, Nara Ferreira.

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