CCT debate contribuições e avanços sociais vindos do programa Ciência sem Fronteiras — Rádio Senado
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CCT debate contribuições e avanços sociais vindos do programa Ciência sem Fronteiras

O Programa Ciência sem Fronteiras foi tema de debate na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática do Senado (CCT) nesta terça-feira (22). Os senadores querem avaliar qual o retorno que o programa de estudos no exterior pode trazer para a sociedade em termos de inovação e avanços sociais.

Para o presidente da comissão, senador Cristovam Buarque (PDT – DF), mesmo trazendo vantagens para o Brasil, o programa precisa de ajustes. Segundo Cristovam, analisando-se o custo- benefício, é provável que, comparado com outros programas, os resultados do Sem Fronteiras, como tem sido feito nos últimos anos, não sejam os melhores.

22/09/2015, 13h29 - ATUALIZADO EM 22/09/2015, 14h12
Duração de áudio: 02:07
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: O PROGRAMA CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS FOI TEMA DE NOVO DEBATE NA COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA NESTA TERÇA-FEIRA. LOC: OS SENADORES QUEREM AVALIAR QUAL O RETORNO QUE O PROGRAMA DE ESTUDOS NO EXTERIOR PODE TRAZER PARA A SOCIEDADE EM TERMOS DE INOVAÇÃO E AVANÇOS SOCIAIS. REPÓRTER NARA FERREIRA: TEC: O senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, que propôs o debate sobre o Ciência sem Fronteira, ressaltou que é hora de fazer uma avaliação sobre os resultados do programa para o País (CRISTOVAM) Para nós é um grande programa, foi uma grande iniciativa, mas precisa de ajustes. Se formos olhar uma análise benefício-custo é muito provável que comparado com outras alternativas dos investimentos os resultados do programa como tem sido feito nos últimos anos, não seja o melhor, mesmo assim é um programa que traz vantagens que o Brasil devia ter já há mais tempo. (REP) Geraldo Nunes Sobrinho, do CNPq, afirmou que o Brasil é ainda isolado em termos de produção científica. E destacou que o Ciência Sem Fronteiras foi uma opção estratégica visando a inserção do País. Adalberto Luís Val, da CAPES, disse que o programa é uma das mais desafiadoras iniciativas para a internacionalização da educação brasileira. Já Mariano Francisco Laplane, Presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, destacou que o Brasil teve o menor gasto nesta área entre os países do Brics - em 2014, foram 33 bilhões de dólares. Fernanda Sobral, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, defendeu uma ampla avaliação para aperfeiçoamento do programa, com ênfase nos impactos sócio-econômicos, além de científicos. (FERNANDA) Acho que o programa está atendendo aos objetivos de ampliação de acesso de estudo no exterior para inovação. Mas até que pondo essa ampliação trouxe impactos para internacionalização do conhecimento e aumento da inovação no país, isso só se vai saber a partir de uma avaliação. (REP) Entre os gargalos detectados, ela citou falta de planejamento e informação entre as agências de fomento e universidades; dificuldades de aproveitamento de disciplinas depois que os estudantes voltam, e de obtenção de vistos para pesquisadores estrangeiros.

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