CMO debate com Levy e Barbosa novo pacote econômico de governo

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LOC: A COMISSÃO DE ORÇAMENTO REÚNE-SE COM OS MINISTROS DA FAZENDA, JOAQUIM LEVY, E DO PLANEJAMENTO, NELSON BARBOSA, PARA DEBATER O PACOTE DE MEDIDAS ECONÔMICAS ANUNCIADO PELO GOVERNO. LOC: OS PARLAMENTARES QUESTIONARAM A EFICÁCIA DAS AÇÕES E COMO FICAM AS EMENDAS PARLAMENTARES COM OS CORTES ANUNCIADOS. REPÓRTER PAULA GROBA. (Repórter) Mais de 120 parlamentares, entre senadores e deputados, participaram da reunião reservada com os ministros. Joaquim Levy e Nelson Barbosa detalharam o planejamento de ajuste do governo, com a redução de gastos tributários, realocação de fontes e aumento da receita. As medidas, que necessitam em grande parte de aprovação dos parlamentares, devem chegar ao Congresso Nacional nos próximos dias. Segundo a presidente da Comissão de Orçamento, senadora Rose de Freitas, do PMDB do Espírito Santo, os principais questionamentos se referiram à eficácia das medidas. Muitos parlamentares ainda duvidam se os cortes vão, de fato, garantir os R$ 26 bilhões de reais anunciados pelo governo. Para Rose de Freitas, o novo pacote terá um longo caminho de debate no Congresso. (Rose de Freitas) A CPMF assim como todas as outras medidas vai padecer de um enorme caminho e debates e entendimento. Hoje o entendimento é que os cortes não são suficientes e que as receitas possam sofrer reação inclusive na questão da CPMF. (Repórter) Outro ponto de debate foram as emendas parlamentares. Os ministros esclareceram que as sugestões poderiam priorizar alguma obra inacabada. Na opinião do senador Ronaldo Caiado, do Democratas de Goiás, o governo quer repassar a conta ao Congresso. (Ronaldo Caiado) O governo não quer assumir o corte. Ele quer transferir para o Congresso a responsabilidade deles e ao mesmo tempo dizer olha pra tudo isso nós precisamos de aumentar a carga tributária. (Repórter) Já para o senador Acir Gurgacz, do PDT de Rondônia, que é o relator de receitas da proposta orçamentária de 2016, há um temor se as medidas realmente vão estancar a crise. (Acir Gurgacz) No começo do ano, o ministro Levy trouxe aqui uma reforma dizendo que se fosse feito aquele ajuste fiscal, a situação estaria resolvida. Aprovamos e ao invés de resolver, a situação piorou. A preocupação agora é a seguinte: ele vem aqui e diz olha vamos aprovar isso porque a situação está aí. Será que isso é verdade? (Repórter) Os ministros devem retornar ao Congresso nos próximos dias para duas novas audiências públicas na Comissão de Orçamento.