Santas Casas pedem apoio do Senado para socorro financeiro — Rádio Senado
Sessão Temática

Santas Casas pedem apoio do Senado para socorro financeiro

02/09/2015, 18h28 - ATUALIZADO EM 02/09/2015, 18h30
Duração de áudio: 02:08
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: AS SANTAS CASAS PEDEM APOIO DO SENADO PARA SOCORRO FINANCEIRO QUE PODE CHEGAR A 30 BILHÕES EM 2015. LOC: PARA SENADORA ANA AMÉLIA, DO PP GAÚCHO, QUE SOLICITOU A SESSÃO, A LINHA DE CRÉDITO É ESSENCIAL PARA O SETOR. REPÓRTER HEBERT MADEIRA. TÉC: (Repórter) A crise que atinge as Santas Casas de Misericórdia em todo o país foi debatida em sessão especial no plenário do Senado. Diretor da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Júlio Matos pediu aos parlamentares apoio para garantir 10 bilhões de reais de repasse ao ano do Governo Federal, o que equivale ao déficit registrado no ano passado. Segundo ele, o setor, que atende cerca de metade dos pacientes da saúde pública brasileira, acumula dívidas bancárias de 21 bilhões e meio de reais. Só no ano de 2014, as instituições receberam 14,9 bilhões do Sistema Único de Saúde, deixando um déficit de 9,8 bilhões. Júlio Matos observa que, hoje, as santas casas passam por uma crise permanente, com endividamento crescente e dependência de repasses dos estados e municípios. (Julio) A dívida que mais nos preocupa, que é aquela que consome importantes recursos das santas casas e hospitais filantrópicos e dívida financeira. Queremos fazer um apelo incisivo ao BNDES, que venha efetivamente responder pela necessidade social que temos a enfrentar essa dívida. (Repórter) O chefe de operações sociais do BNDES Henrique Ferreira garantiu que o órgão deve estudar a linha emergencial de crédito de 21,5 milhões, mas apontou a dificuldade de renegociação devido às análises de risco do Banco Central. A Caixa Econômica, que já repassou 650 milhões só neste ano, pode ajudar na questão, como afirmou o superintendente de médias empresas José Martins de Veiga. Para a senadora Ana Amélia, do PP gaúcho, a linha de crédito é essencial para socorrer o setor, assim como ocorreu com a indústria automobilística e os clubes de futebol. (Ana Amélia) Não é possível qualquer gestor medianamente informado a suportar um déficit desse montante. Esse déficit foi criado porque as santas casas estão atendendo com base nesse sacrifício à população que bate à porta. A situação é insustentável, e se não fizermos nada, para quem vão recorrer? (Repórter) As Santas Casas de Misericórdia são responsáveis por quatro milhões dos 11 milhões de internações hospitalares do SUS, além de 240 milhões de atendimentos ambulatoriais. Da Rádio Senado, Hebert Madeira.

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