Senadores atribuem recessão do país à política econômica do governo — Rádio Senado
Economia

Senadores atribuem recessão do país à política econômica do governo

28/08/2015, 14h20 - ATUALIZADO EM 28/08/2015, 14h20
Duração de áudio: 02:03
Pedro França /Agência Senado

Transcrição
LOC: OS SENADORES ATRIBUEM A RECESSÃO DO PAÍS À POLÍTICA ECONÔMICA DO GOVERNO. LOC: E AVISAM QUE CRIAR IMPOSTO NESTE MOMENTO VAI AUMENTAR A CRISE DO PAÍS. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. TÉC (Repórter): Segundo o IBGE, a economia registrou uma queda de 1,9% no segundo trimestre, a maior desde 2009, quando o País se recuperava da crise internacional. Com a taxa de 0,7% do Produto Interno Bruto nos três primeiros meses do ano, o Brasil se encontra numa recessão. No primeiro semestre, o encolhimento da economia foi de 1,2%. De acordo com o IBGE, o resultado ruim se deve à redução nos investimentos, no consumo das famílias, na indústria e nos serviços. O líder do PDT, senador Acir Gurgacz, de Rondônia, disse que não se surpreendeu com a queda do PIB. Mas defendeu mudanças na atual política econômica para o País voltar a crescer no próximo ano. (Acir) Já era prevista. Mas acompanhamos com muita preocupação. No meu entendimento, essa alta dos juros, a retirada de dinheiro do mercado fizeram com que a economia encolhesse. Se não houver redução dos juros e investimentos do governo em obras, vamos continuar tendo problema com o PIB brasileiro. (Repórter): O líder da oposição, senador Alvaro Dias do PSDB do Paraná, responsabilizou o governo pelo resultado. E avisou que a queda do PIB não poderá ser usada como justificativa pela equipe econômica para o Congresso Nacional aprovar a volta da CPMF. (A.Dias) Se há recessão, desemprego, aumentar imposto aprofunda a crise, inclusive a crise social. Seria uma idiotice sem tamanho, uma estupidez, criar mais um imposto, onerar o setor produtivo e obviamente repassar o custo disso para os consumidores. (Repórter): Ainda segundo o IBGE, o único setor que teve desempenho positivo no segundo trimestre foi o de exportações com crescimento de 3,4% em função da desvalorização do real frente ao dólar. Mas a retração da economia reduziu em quase 6% a arrecadação de impostos. No mesmo período, a China teve aumento de 1,7% em seu PIB, seguida da Espanha com 1% e os Estados Unidos com 0,9%. Além do Brasil, Japão e África do Sul também tiveram queda. Da Radio Senado, HC.

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