Convocados pela CPI do Carf apresentam habeas corpus para parmanecerem em silêncio — Rádio Senado
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Convocados pela CPI do Carf apresentam habeas corpus para parmanecerem em silêncio

20/08/2015, 13h29 - ATUALIZADO EM 20/08/2015, 13h36
Duração de áudio: 02:04
Marcos Oliveira / Agência Senado

Transcrição
LOC: OS QUATRO DEPOENTES CONVOCADOS PELA CPI DO CARF APRESENTARAM HABEAS CORPUS PARA GARANTIREM O DIREITO DE SILÊNCIO DURANTE A REUNIÃO. LOC: OS SENADORES AFIRMARAM QUE O TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO DA CPI CONTINUA, E A LINHA CENTRAL DO RELATÓRIO SERÁ A REESTRUTURAÇÃO DO CARF. REPÓRTER PAULA GROBA. TÉC: O auditor da Receita Federal, Eduardo Cerqueira Leite, primeiro a ser ouvido pela CPI do Carf, se limitou a dizer que nunca participou de negociações com membros do Conselho Administrativo. (EDUARDO) Eu nunca atuei no Carf, nunca fui conselheiro do Carf, nunca sequer participei de qualquer seção. Não pratiquei nenhum ato, não recebi qualquer benefício não contratei e não fui contratado por ninguém. (REPÓRTER) Por seu conhecimento sobre trâmites na Receita, Cerqueira Leite é acusado pela Polícia Federal de dar instruções específicas para estruturar as fraudes no Carf. Já o auditor fiscal aposentado da Receita, Jefferson Ribeiro Salazar, flagrado em conversas telefônicas negociando propinas na ordem de 28 milhões de reais sobre um processo do banco Safra, afirmou que, apesar de ser amigo do conselheiro Jorge Vitor Rodrigues, nunca esteve no Carf e nem conhece os demais conselheiros. Para a relatora da comissão, senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, as informações são muito contundentes quanto ao envolvimento de ambos em fraudes. (VANESSA) Nós dispomos de muitas informações, senhor Salazar, tantas informações que nos permitem dizer com muita segurança que o senhor está faltando com a verdade. O senhor tinha uma atuação muito ativa. E uma atuação, pelo que tudo indica, desfavorável ao estado. (REPÓRTER) Os outros dois depoentes, o advogado Wagner Pires de Oliveira, e o ex-assessor do Carf, Lutero Fernandes do Nascimento, também ficaram calados. Para o senador José Pimentel, do PT do Ceará, mesmo com o silêncio dos depoentes, as investigações e condenações terão andamento. (PIMENTEL) O inquérito da Polícia Federal está muito adiantado. Temos um conjunto de provas, depoimentos, provas, de testemunhas, documentos e degravações já consolidados e o fato do senhor Salazar como a exemplo dos demais que passaram por aqui hoje não sairão ilesos. (REPÓRTER) Vanessa Grazziotin afirmou que deve apresentar o relatório até 16 de setembro e que o foco será a reestruturação do Carf. Da Rádio Senado, Paula Groba.

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