Lídice da Mata defende mudança na política de combate às drogas — Rádio Senado
Drogas

Lídice da Mata defende mudança na política de combate às drogas

23/07/2015, 16h36 - ATUALIZADO EM 23/07/2015, 16h36
Duração de áudio: 01:46
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: A POLÍTICA DE COMBATE ÀS DROGAS DEVE MUDAR A FORMA DE PROTEGER A JUVENTUDE DE BAIXA RENDA. LOC: ESTA É UMA DAS CONCLUSÕES DA SENADORA LÍDICE DA MATA, DO PSB DA BAHIA, E VICE-PRESIDENTE DA CPI QUE TRATA DO ASSASSINATO DE JOVENS. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. (Repórter) Mais de 30 mil jovens das classes D e E, entre 14 e 29 anos morrem anualmente no Brasil em conflitos relacionados com a guerra às drogas. A senadora Lídice da Mata, do PSB da Bahia, vice-presidente da CPI do Assassinato de Jovens, acredita que estas mortes poderiam ser evitadas se o Governo mudasse sua política de combate às drogas: (Lídice da Mata) Guerra às drogas ela se relaciona com a violência propriamente dita e essa violência ela se relaciona com duas outras coisas também: com a situação sócio-econômica das vítimas e com a situação da escolaridade das vítimas. Digamos assim, o caldo de cultura onde a violência ocorre. (Repórter) A CPI sobre o Assassinato de Jovens já ouviu diversos especialistas sobre violência, criminalidade e segurança. E as críticas ao modelo brasileiro, de não debater as drogas e sim combatê-las militarmente, foram praticamente unânimes. A senadora Lídice acredita que ao término da CPI uma mudança nesta política terá de ser recomendada ao governo: (Lídice da Mata) E nós devemos aprofundar inclusive o debate a respeito deste assunto...no contexto da CPI. E a Guerra às drogas, a política de Guerra às Drogas do Brasil é o instrumento, é a ferramenta, é o caminho que justifica, que cria a justificava para que a violência se abata sobre a juventude. (Repórter) A CPI, que tem prazo inicial de validade até 3 de novembro, deverá ainda fazer audiências públicas no Maranhão, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás para apurar denúncias e ouvir especialistas.

Ao vivo
00:0000:00