Oito em cada dez acidentes atingem funcionários terceirizados — Rádio Senado
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Oito em cada dez acidentes atingem funcionários terceirizados

14/07/2015, 19h12 - ATUALIZADO EM 14/07/2015, 19h12
Duração de áudio: 01:58
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: OITO EM CADA DEZ ACIDENTES DE TRABALHO ATINGEM OS FUNCIONÁRIOS TERCEIRIZADOS. LOC: O LEVANTAMENTO FOI APRESENTADO POR SINDICALISTAS EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO. REPÓRTER CINTHIA BISPO TÉC: (0714A07 – Cinthia – Garcez/Paim – Terceirização T: 1’55”) Em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos, os sindicalistas fizeram um alerta sobre os altos índices de acidentes envolvendo terceirizados. Segundo os convidados, o problema afeta a qualidade do serviço prestado e a saúde dos trabalhadores. Os setores elétricos e da construção civil registram as maiores taxas de mortalidade entre funcionários terceirizados. Em 2011, 79 trabalhadores do setor elétrico morreram, sendo que 80% das vitimas eram terceirizados, segundo levantamento da Central Única dos Trabalhadores em parceria com o Dieese. Para Maximiliano Garcez, da Associação Latino-Americana de Advogados Laboralistas, a terceirização de atividades fins é uma porta para sonegação, corrupção e trabalho precário. (Garcez 17”) Hospital terceirizado é que nem hambúrguer do McDonalds, faz mal para saúde, custa caro e é só bonito na foto, mas é horrível na realidade. Então, é o PL do aluguel de pessoas, trabalhador vira uma mercadoria. É como um carro, um imóvel que você vende, troca e quando não serve mais você joga fora. (Rep).: O senador Paulo Paim, do PT gaúcho, criticou o projeto de lei sobre a terceirização que já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e que está em analise, agora, no Senado. (Paim 30”) O quadro que se pinta com o risco da aprovação desse PL preocupa a todos. Escolas sem professores, ou seja todos terceirizados. Lojas sem vendedores, todos terceirizados e o pior, hospitais com seu corpo total de atendimento todos terceirizado. Seria um exagero? Creio que não. Mesmo com as restrições atuais que proíbe a terceirização para atividades fins, em 2010, segundo pesquisa, para cada grupo de seis empresas, já havia um estabelecimento sem empregado formal. (Rep) Os participantes também condenaram a terceirização em serviços de saúde. Para eles, o exercício da profissão por profissionais que não são capacitados pode representar um risco de vida. Da Rádio Senado, Cinthia Bispo.

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