Reduzir idade penal não soluciona violência, diz pesquisador
LOC: REDUZIR A MAIORIDADE PENAL NÃO É A SOLUÇÃO PARA O PROBLEMA DA VIOLÊNCIA NO PAÍS.
LOC: FOI O QUE AFIRMARAM OS PESQUISADORES JÚLIO JACOBO E LUIZ EDUARDO SOARES AOS INTEGRANTES DA CPI DO ASSASSINATO DE JOVENS. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI:
TÉC: O professor Julio Jacobo é autor do mapa da violência, que faz um retrato anual da violência no Brasil. Os dados mostram que os homicídios de jovens de 16 e 17 anos aumentaram 640 por cento de 1980 para cá. O perfil é conhecido: homens, moradores das periferias urbanas, baixo grau de escolaridade e negros. E para o professor Jacobo não há nenhuma indicação de que esse cenário esteja mudando:
(JULIO JACOBO) Nada parece apontar que esteja detendo ou em condições de parar essa febre homicida que temos no Brasil. Nós criamos uma sociedade violenta e corrupta, que é o que o jovem tem por ali.
(REPÓRTER) O antropólogo e cientista político Luiz Eduardo Soares disse que o jovem assassinado hoje no Brasil é ignorado pela sociedade:
(LUIZ SOARES) Um menino, um jovem, um adolescente, na faixa dos 13, 14, 15, 16 anos, transitando pelas grandes cidades brasileiras, hoje até pelas médias e algumas pequenas, sendo negro e pobre é um ser socialmente invisível. E é desdenhado, negligenciado.
(REPÓRTER) Os dois pesquisadores concordaram que a redução da maioridade penal só vai agravar esse cenário; posição que também foi defendida pelo relator da CPI do Assassinato de Jovens, senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro:
(LINDBERGH FARIAS) As pessoas que entram nos presídios, que saem recuperadas, de 100 por cento, 40 por cento apenas saem recuperadas. É diferente. Com as medidas sócio educativas onde você tem um grau de recuperação de até 80 por cento. Então, o nosso interesse com a presença do professor Luiz Eduardo Soares e do professor Julio Jacobo é interferir nesse debate, para lançar mais argumentos para a sociedade e para os deputados não aprovarem esse redução da maioridade penal.
(REPÓRTER) Os professores disseram que o melhor remédio para os jovens é a prevenção por meio de políticas públicas efetivas para que os menores se sintam parte da sociedade.
LOC: FOI O QUE AFIRMARAM OS PESQUISADORES JÚLIO JACOBO E LUIZ EDUARDO SOARES AOS INTEGRANTES DA CPI DO ASSASSINATO DE JOVENS. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI:
TÉC: O professor Julio Jacobo é autor do mapa da violência, que faz um retrato anual da violência no Brasil. Os dados mostram que os homicídios de jovens de 16 e 17 anos aumentaram 640 por cento de 1980 para cá. O perfil é conhecido: homens, moradores das periferias urbanas, baixo grau de escolaridade e negros. E para o professor Jacobo não há nenhuma indicação de que esse cenário esteja mudando:
(JULIO JACOBO) Nada parece apontar que esteja detendo ou em condições de parar essa febre homicida que temos no Brasil. Nós criamos uma sociedade violenta e corrupta, que é o que o jovem tem por ali.
(REPÓRTER) O antropólogo e cientista político Luiz Eduardo Soares disse que o jovem assassinado hoje no Brasil é ignorado pela sociedade:
(LUIZ SOARES) Um menino, um jovem, um adolescente, na faixa dos 13, 14, 15, 16 anos, transitando pelas grandes cidades brasileiras, hoje até pelas médias e algumas pequenas, sendo negro e pobre é um ser socialmente invisível. E é desdenhado, negligenciado.
(REPÓRTER) Os dois pesquisadores concordaram que a redução da maioridade penal só vai agravar esse cenário; posição que também foi defendida pelo relator da CPI do Assassinato de Jovens, senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro:
(LINDBERGH FARIAS) As pessoas que entram nos presídios, que saem recuperadas, de 100 por cento, 40 por cento apenas saem recuperadas. É diferente. Com as medidas sócio educativas onde você tem um grau de recuperação de até 80 por cento. Então, o nosso interesse com a presença do professor Luiz Eduardo Soares e do professor Julio Jacobo é interferir nesse debate, para lançar mais argumentos para a sociedade e para os deputados não aprovarem esse redução da maioridade penal.
(REPÓRTER) Os professores disseram que o melhor remédio para os jovens é a prevenção por meio de políticas públicas efetivas para que os menores se sintam parte da sociedade.