CCT debate relação entre empresas e universidades — Rádio Senado

CCT debate relação entre empresas e universidades

LOC: A INTERAÇÃO ENTRE UNIVERSIDADES E EMPRESAS PARA GERAR AVANÇOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS FOI TEMA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA NESTA SEGUNDA-FEIRA. 

LOC: OS ESPECIALISTAS QUE PARTICIPARAM DO DEBATE DEFENDEM NORMAS ESPECÍFICAS PARA A RELAÇÃO EMPRESA-UNIVERSIDADE, MAIS AUTONOMIA DAS INSTITUIÇÕES DE PESQUISA, MELHOR QUALIFICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS E ATENÇÃO ÀS PEQUENAS EMPRESAS. DETALHES COM A REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: 

(Repórter) Os convidados para a audiência pública também criticaram a demora na concessão de patentes e para a abertura de empresas. Na avaliação dos representantes de universidades presentes à audiência pública, é preciso atualizar a legislação para que os centros universitários possam melhor interagir com as empresas e responder às demandas do mercado. Milton Mori, que é diretor executivo da Agência de Inovação da Universidade de Campinas, a Inova, ressaltou que a lei de licitações, por exemplo, não é adequada à área científica. 

(Milton Mori) “A 8.666/93 é uma lei anti-ciência, ta? Um professor,numa chamada da Finep, encontra uma empresa e falou ‘vamos produzir um material avançado de silício?’ Toparam: 10 milhões de reais. Tá até hoje parado entre o Ministério Público e não resolvem. Falam que tinha que ter licitação. E mais ou menos assim, ó: falar pra mim ‘pra vocês escolherem aluno de mestrado e doutorado, tem que fazer licitação’”. 

(Repórter) Também o representante da Universidade de Brasília, Luís Afonso Bermúdez, considera a legislação vigente inapropriada para regular a relação entre os centros de pesquisa e as empresas: 

(Luís Afonso Bermúdez) “o Regime Jurídico Único não serve para a gestão dos parques científicos e tecnológicos e incubadoras de empresas nas ICT’s brasileiras. E nós precisamos de um regulamento de compras próprio. Nós não somos organização social, nós não somos empresa, não somos autarquias, nós não somos mais fundação. Enfim, o que nós somos para poder atender essas demandas da sociedade?”. 

(Repórter) O presidente da CCT, senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, prometeu examinar as considerações dos convidados: 

(Cristovam Buarque) “Vamos estudar e vamos ver o que a gente transforma daqui em instrumentos legais, não necessariamente leis, mas instrumentos legais que permitam atender, por exemplo, as colocações que foram feitas aqui”. Também participaram da audiência representantes do Ministério do Desenvolvimento e do Sebrae.
29/06/2015, 08h07 - ATUALIZADO EM 29/06/2015, 08h07
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