Presidente do Congresso Nacional assume compromisso de julgar contas do governo — Rádio Senado

Presidente do Congresso Nacional assume compromisso de julgar contas do governo

LOC: O PRESIDENTE DO CONGRESSO NACIONAL ASSUME O COMPROMISSO DE JULGAR AS CONTAS DO GOVERNO.

LOC: MINISTROS DO TCU ENTREGAM RELATÓRIO PRELIMINAR QUE APONTAM IRREGULARIDADES NA CONTABILIDADE DA PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF. A REPORTAGEM É DE HERICA CHRISTIAN. 

TÉC (Repórter): O ministro do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, entregou ao presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, um relatório preliminar da prestação de contas da presidente Dilma Rousseff. Por considerarem irregular o uso de recursos do Banco do Brasil e da Caixa Econômica para o pagamento de programas do governo, a exemplo do Bolsa-Família, os ministros deram o prazo de 30 dias para receber explicações sobre as chamadas pedaladas fiscais. Caso não considerem satisfatórios os esclarecimentos, os ministros poderão rejeitar as contas e a presidente responder a um processo por crime de responsabilidade. Augusto Nardes também pediu a Renan Calheiros que o Congresso Nacional aprecie as contas do governo analisadas pelo TCU, o que não é feito desde 2002.  

(Nardes) Eu senti uma excelente boa vontade por parte do presidente Renan. Isso é um avanço para a sociedade brasileira e também para os congressistas porque a principal função do Congresso é fiscalizar as contas da República. 

Repórter: Renan Calheiros elogiou a decisão inédita do TCU de cobrar explicações de um presidente da República. 

(Renan) Considero consequente a decisão do Tribunal de Contas porque garante o contraditório e sobretudo, abre um espaço para que se esclareça tudo, absolutamente tudo. 

Repórter O líder do PT, senador Humberto Costa, de Pernambuco, voltou a negar qualquer irregularidade na contabilidade do governo. 

(H.Costa) Quando o governo antecipa os pagamentos dos programas sociais, os bancos são beneficiados por terem esse dinheiro para aplicar. E quando o governo atrasa e os bancos fazem esses pagamentos, eles recebem juros por isso. Então, não é um empréstimo, é resultado de um contrato. 

Repórter: Além das chamadas pedaladas fiscais, Dilma responderá sobre o contingenciamento de R$ 28 bilhões não feito por causa das eleições, da liberação de R$ 10 bilhões para a aprovação do Orçamento e do uso de R$ 6 bilhões do FGTS para fechar as contas. Da Radio Senado.
18/06/2015, 07h06 - ATUALIZADO EM 18/06/2015, 07h06
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