Renan elogia TCU por pedir explicações sobre irregularidades — Rádio Senado

Renan elogia TCU por pedir explicações sobre irregularidades

LOC: O PRESIDENTE DO SENADO ELOGIA DECISÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO DE PEDIR EXPLICAÇÕES AO PALÁCIO DO PLANALTO SOBRE IRREGULARIDADES NAS CONTAS PÚBLICAS.  

LOC: SE O TCU CONSIDERAR INCONSISTENTES OS ESCLARECIMENTOS, A PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF PODERÁ RESPONDER POR CRIME DE RESPONSABILIDADE. AS INFORMAÇÕES SÃO DE HÉRICA CHRISTIAN. 

(Repórter) Pela primeira vez, o Tribunal de Contas da União adiou a votação da prestação de contas de um presidente da República. Acompanhando o relator, Augusto Nardes, os ministros estabeleceram um prazo de 30 dias para a presidente Dilma Rousseff se pronunciar sobre as chamadas pedaladas fiscais. Para garantir um saldo, o governo atrasou repasses para o Banco do Brasil e Caixa Econômica, que tiveram que usar recursos próprios para bancar obrigações da União, a exemplo do pagamento do Bolsa-Família e do Seguro-Desemprego. Para o TCU, essa manobra contábil se configura num empréstimo de bancos púbicos para o governo, o que é vedado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, considerou um avanço o que chamou de ativismo do TCU. 

(Renan Calheiros) Do ponto de vista do TCU, essa decisão consagra um avanço. Mas cria, sobretudo, uma oportunidade para que as informações cobradas sejam prestadas e definitivamente se esclareça essa questão. 

(Repórter) O líder do Democratas, senador Ronaldo Caiado, de Goiás, rebateu o discurso de que a decisão inédita do TCU teve motivação política.  

(Ronaldo Caiado) Temos que entender que TCU é um órgão técnico. E como tal, o que se espera dele é exatamente o que foi feito, ou seja, um levantamento mostrando todas as irregularidades e o descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. 

(Repórter) Já o líder do PT, senador Humberto Costa de Pernambuco, minimizou a decisão do TCU. Ele voltou a negar irregularidades na prestação de contas da presidente Dilma. 

(Humberto Costa) Os esclarecimentos já foram feitos. Em nenhum momento, houve empréstimo formal ou informal dos bancos para o governo. Há um contrato em que havendo atraso na data do repasse do recurso, o banco pode cobrir e o governo paga os juros. 

(Repórter) Caso as contas sejam rejeitadas, a presidente Dilma Rousseff poderá responder por crime de responsabilidade.
17/06/2015, 10h24 - ATUALIZADO EM 17/06/2015, 10h24
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