CAE debate o ajuste fiscal com ministros do Trabalho e da Previdência — Rádio Senado

CAE debate o ajuste fiscal com ministros do Trabalho e da Previdência

LOC: A COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS DISCUTIU NESTA TERÇA-FEIRA AS DUAS MEDIDAS PROVISÓRIAS QUE ALTERAM REGRAS DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS E TRABALHISTAS. 

LOC: OS SENADORES RECEBERAM OS MINISTROS DA PREVIDÊNCIA, CARLOS EDUARDO GABAS, E DO TRABALHO, MANOEL DIAS. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. 

(Repórter) Segundo os ministros, o ajuste deve ser feito para não comprometer o futuro da rede de proteção social no País. O ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse que a necessidade de aperfeiçoamentos já era discutida há pelo menos 2 anos nas reuniões do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador. Para o ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, a Previdência é um pacto entre gerações que precisa ser continuamente revisado. 

(Carlos Eduardo Gabas) Nós precisamos planejar qual previdência social queremos para as próximas gerações. E esse planejamento se faz revendo as regras. Não se trata de tirar direitos. Se trata de organizar o acesso ao direito para que tenhamos sustentabilidade. Garantia de que daqui a 30 anos a previdência vai continuar pagando seus benefícios. 

(Repórter) A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, afirmou que o que ficou conhecido como ajuste fiscal seria na verdade uma correção. 

(Gleisi Hoffmann) Como a questão do abono salarial. Não pode ser justo trabalhar um mês e ganhar um salário no final de ano como se fosse um 13º. E isso é de uma época em que não tínhamos programas sociais. Não tínhamos um colchão como o Bolsa Família, não tínhamos o Benefício de Prestação Continuada, não tínhamos 30 milhões de pessoas incluídas na Previdência. 

(Repórter) Mas Ricardo Ferraço, senador do PMDB do Espírito Santo, lamentou o fato de o governo não ter aproveitado o período de bonança para promover as mudanças e agora jogar a conta da irresponsabilidade fiscal para os trabalhadores. 

(Ricardo Ferraço) Está evidente a desorganização e a desestruturação em razão de o governo ter desafiado a Lei da Gravidade e ter colocado de lado os fundamentos macroeconômicos que moveram a nossa economia nos últimos anos, da responsabilidade dos gastos públicos, da qualidade dos gastos públicos, do combate intolerante à inflação. O governo brincou com fogo esses anos todos e agora precisa fazer ajustes. 

(Repórter) As emepês 664 e 665, que estão em análise no Congresso Nacional alteram as regras de carência e exigências para o recebimento do seguro-desemprego, auxilio-doença, e pensão por morte, entre outros benefícios.
07/04/2015, 01h42 - ATUALIZADO EM 07/04/2015, 01h42
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