Senadores antecipam que vão alterar MPs do ajuste fiscal — Rádio Senado

Senadores antecipam que vão alterar MPs do ajuste fiscal

LOC: SENADORES ANTECIPAM QUE SERÃO ALTERADAS MEDIDAS PROVISÓRIAS QUE TRATAM DA CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS. 

LOC: ELES VÃO DISCUTIR OS PROJETOS COM REPRESENTANTES DO GOVERNO E DOS TRABALHADORES. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.  

TÉC: Eleito presidente da comissão mista da medida provisória que muda a concessão de benefícios previdenciários, o líder do governo no Congresso Nacional, senador José Pimentel, do PT do Ceará, admitiu que o projeto sofrerá mudanças até para garantir a sua aprovação. 

(Pimentel) Estou no Congresso Nacional há 21 anos e nunca vi uma matéria chegar aqui e sair sem alteração. Portanto, é da regra do Congresso Nacional fazer alterações. 

REPÓRTER: Essa medida provisória, a 664, acaba com o pagamento integral da pensão por morte, exige tempo de contribuição e considera a idade do cônjuge e dos filhos do segurado falecido. Pelo projeto, o auxílio-doença só será pago pelo INSS após 30 dias de afastamento e segundo as últimas contribuições. Já a MP 665 aumenta de 6 para 18 meses o prazo para a concessão do seguro-desemprego, requer 3 anos de registro da profissão para se solicitar o seguro-defeso, e eleva de 1 para 6 meses de carteira assinada o período para recebimento do abono salarial, que será a média trabalhada. O relator, senador Paulo Rocha, do PT do Pará, vai discutir com o governo e sindicalistas a elaboração do projeto final. 

(P. Rocha) Creio que será um papel muito importante como relator fazer os ajustes necessários aqui no Congresso para ir ao encontro dos interesses dos trabalhadores já conquistados e ao mesmo tempo fazer os ajustes que a economia precisa no País. 

REPÓRTER: O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, de Minas Gerais, antecipou que a oposição será rigorosa na votação das medidas provisórias. 

(Aécio) Vamos discutir cada uma dessas propostas, mas achamos que elas são muito tímidas para o que o Brasil precisa. O ajuste no viés de aumento de carga tributária por um lado e de supressão de direito trabalhista de outro não é o ajuste do PSDB. Por isso, somos contra essas medidas. 

REPÓRTER: As duas medidas provisórias precisam ser votadas pelos Plenários da Câmara e do Senado até o início de abril.
19/03/2015, 01h39 - ATUALIZADO EM 19/03/2015, 01h39
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