CDH debate uso predatório da água pelas mineradoras
LOC: O CONSUMO DE ÁGUA PARA A MINERAÇÃO É CINCO VEZES MAIOR QUE O CONSUMO HUMANO E PODE CAUSAR IMPACTOS AMBIENTAIS GRAVÍSSIMOS.
LOC: A AFIRMAÇÃO É DO SENADOR JOÃO CAPIBERIBE, DO PSB DO AMAPÁ, QUE REQUEREU E PRESIDIU UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA NO SENADO, COM TÉCNICOS E REPRESENTANTES DE ÁREAS COM RISCOS HÍDRICOS PELA AÇÃO DE MINERADORAS. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI.
(Repórter) O uso predatório da água pelas mineradoras chamou a atenção dos senadores que participaram da audiência pública da Comissão de Direitos Humanos do Senado. A senadora Ana Rita, do PT do Espírito Santo, declarou-se surpresa, pois em tempos que as populações das cidades estão penalizadas com falta d’água, o uso sem limites e o desperdício dos mananciais e dos lençóis subterrâneos chega a ser predatório ao país.
(Ana Rita) Com muita frequência se faz campanhas pra economizar a água. Não deixe a torneira aberta pingando, cuidado com o chuveiro, banhos mais rápidos. Enquanto isso, nós estamos vendo que rios estão sendo completamente destruídos em função da mineração.
(Repórter) A audiência pública havia sido solicitada pelo senador João Capiberibe, do PSB do Amapá, com base em diversas denúncias de exploração predatória das águas de Minas Gerais por diversas mineradoras. Essas empresas justificam que o Conselho Nacional do Meio Ambiente, Conama, classificou a mineração como atividade de utilidade pública e a resolução 369 do Departamento Nacional de Produção Mineral estabeleceu que a água não é um bem comum.
(João Capiberibe) As pessoas têm de tomar conhecimento de que o consumo de água é infinitamente maior na mineração e na indústria do que no consumo humano. Até porque há uma utilização desordenada. Como não há controle e não tem medição do consumo desta água, há um consumo predatório.
(Repórter) O pesquisador Carlos Bittencourt, do IBASE, denunciou dois casos gravíssimos de uso de água sem retorno ou compensação em minerodutos que serão construídos:
(Carlos Bittencourt) São dois minerodutos gigantes, os dois maiores do mundo, O Minas-Rio com 525 kilômetros de extensão e o da Manabi como 511 km de extensão. Ambos vão consumir juntos 5,5 milhões de litros d’água por hora
(Repórter) Os minerodutos são grandes tubulações em que o minério de ferro é misturado com a água e canalizado até o porto ou a siderúrgica. A água não é devolvida e torna-se imprópria para consumo. Os minerodutos Minas-Rio e Manabi usarão água equivalente ao consumo de meio milhão de pessoas por ano.
LOC: A AFIRMAÇÃO É DO SENADOR JOÃO CAPIBERIBE, DO PSB DO AMAPÁ, QUE REQUEREU E PRESIDIU UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA NO SENADO, COM TÉCNICOS E REPRESENTANTES DE ÁREAS COM RISCOS HÍDRICOS PELA AÇÃO DE MINERADORAS. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI.
(Repórter) O uso predatório da água pelas mineradoras chamou a atenção dos senadores que participaram da audiência pública da Comissão de Direitos Humanos do Senado. A senadora Ana Rita, do PT do Espírito Santo, declarou-se surpresa, pois em tempos que as populações das cidades estão penalizadas com falta d’água, o uso sem limites e o desperdício dos mananciais e dos lençóis subterrâneos chega a ser predatório ao país.
(Ana Rita) Com muita frequência se faz campanhas pra economizar a água. Não deixe a torneira aberta pingando, cuidado com o chuveiro, banhos mais rápidos. Enquanto isso, nós estamos vendo que rios estão sendo completamente destruídos em função da mineração.
(Repórter) A audiência pública havia sido solicitada pelo senador João Capiberibe, do PSB do Amapá, com base em diversas denúncias de exploração predatória das águas de Minas Gerais por diversas mineradoras. Essas empresas justificam que o Conselho Nacional do Meio Ambiente, Conama, classificou a mineração como atividade de utilidade pública e a resolução 369 do Departamento Nacional de Produção Mineral estabeleceu que a água não é um bem comum.
(João Capiberibe) As pessoas têm de tomar conhecimento de que o consumo de água é infinitamente maior na mineração e na indústria do que no consumo humano. Até porque há uma utilização desordenada. Como não há controle e não tem medição do consumo desta água, há um consumo predatório.
(Repórter) O pesquisador Carlos Bittencourt, do IBASE, denunciou dois casos gravíssimos de uso de água sem retorno ou compensação em minerodutos que serão construídos:
(Carlos Bittencourt) São dois minerodutos gigantes, os dois maiores do mundo, O Minas-Rio com 525 kilômetros de extensão e o da Manabi como 511 km de extensão. Ambos vão consumir juntos 5,5 milhões de litros d’água por hora
(Repórter) Os minerodutos são grandes tubulações em que o minério de ferro é misturado com a água e canalizado até o porto ou a siderúrgica. A água não é devolvida e torna-se imprópria para consumo. Os minerodutos Minas-Rio e Manabi usarão água equivalente ao consumo de meio milhão de pessoas por ano.
