Brasil reduz pela metade a taxa de mortalidade infantil nos últimos 10 anos — Rádio Senado

Brasil reduz pela metade a taxa de mortalidade infantil nos últimos 10 anos

LOC: O BRASIL REDUZIU PELA METADE A TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS.  

LOC: É O QUE APONTA PESQUISA DO IBGE DIVULGADA NESTA SEGUNDA-FEIRA. A REPORTAGEM É DE IARA FARIAS BORGES: 

(Repórter) Em 2003, de cada mil nascimentos, trinta bebês morriam antes de completar um ano. Em 2013, foram 15 mortes em cada mil nascidos vivos – uma redução pela metade em dez anos. Os dados constam da Tábua Completa da Mortalidade 2013, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. Segundo a Tabela, em 2013, o Maranhão teve a maior taxa de mortalidade: quase 25 mortes em mil nascimentos. E a menor taxa foi observada em Santa Catarina: 10 mortes em mil nascimentos. Na avaliação da presidente da Comissão de Direitos Humanos, senadora Ana Rita, do PT do Espírito Santo, essa redução é significativa e resulta dos investimentos em políticas públicas, como em saúde materna e saneamento básico. Para a senadora, o aumento da renda familiar também teve influência na redução da mortalidade infantil. 

(Ana Rita) “ Essa queda é muito significativa. Vem confirmar a importância das políticas públicas desenvolvidas no Brasil. Cuidando preventivamente da saúde das famílias, se evita as mortes prematuras. Outro aspecto, a questão do Bolsa Família. Porque oferece a essas famílias um rendimento, que lhe dá condição de ter uma alimentação melhor, também. E isso influenciou muito na redução da mortalidade infantil”.  

(Repórter) Também o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, observou que a redução da mortalidade no Brasil resulta de programas de saúde, como o atendimento adequado aos recém nascidos, o Programa Saúde da Família e a melhor educação das mães. O senador Humberto Costa considera que as taxas podem ser reduzidas ainda mais. Para isso, em sua avaliação, é preciso mais investimentos com cuidados com pré-natal, parto e pós parto, especialmente com os casos de alto risco. 

(Humberto Costa) “As mudanças que precisam ser feitas dizem respeito ao período Peri natal, ou seja, as nossas maternidades e os nossos hospitais estarem preparados para lidar com a gravidez de alto risco, com crianças que nascem prematuramente. É preciso começar a investir mais pesadamente em um serviço de atendimento ao parto de melhor qualidade”. 

(Repórter) A redução da mortalidade infantil é uma das Metas do Milênio estabelecidas no ano 2000 pela Organização das Nações Unidas. O Brasil tinha que reduzir, até 2015, a taxa de 58 mortes em mil nascimentos, registrada em 1999 para, pelo menos, 19. O país bateu essa meta em 2011, alcançando a taxa de 16 mortes em mil nascimentos.
01/12/2014, 08h00 - ATUALIZADO EM 01/12/2014, 08h00
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