CRE debate política externa brasileira e perspectivas para os próximos anos — Rádio Senado

CRE debate política externa brasileira e perspectivas para os próximos anos

LOC: A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES DEBATEU NESTA QUINTA-FEIRA A ATUAL POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA E AS PERSPECTIVAS PARA OS PRÓXIMOS ANOS.  

LOC: OS CONVIDADOS, O JORNALISTA WILLIAM WAACK E O CIENTISTA POLÍTICO MURILLO DE ARAGÃO, AFIRMARAM QUE O BRASIL PRECISA SER MAIS PRAGMÁTICO NO RELACIONAMENTO COM OUTROS PAÍSES E DEFENDER OS INTERESSES DE ESTADO, E NÃO DE PARTIDO. REPÓRTER NARA FERREIRA: 

TÉC: O cientista político Murillo de Aragão reconheceu avanços na política externa nos últimos anos, com a chegada de brasileiros no comando da OMC e da FAO; o fortalecimento dos Brics, e a escolha do Brasil para a Copa do Mundo e as Olimpíadas, por exemplo. Mas ressaltou que o País vem perdendo espaço nas relações internacionais. 

(MURILLO) somos um país globalizado, mas não internacionalizado, nossa economia ainda é muito fechada, nossa participação no comércio é pequena...temos aspectos que revelam perda de dinâmica de política externa nos últimos anos. 

(REPÓRTER) Para o presidente da Comissão, senador Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, o Brasil tem se acomodado diante do papel de líder natural na América do Sul. E citou o Mercosul: 

(FERRAÇO) é obvio que o Mercosul está sangrando, está na UTI, porque nos últimos anos mais de 500 acordos foram feitos mundo afora e nós só tivemos a capacidade de fazer acordo com Egito, com a Autoridade palestina e com Israel. 

(REPÓRTER) Para a senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, a esperada parceria no Mercosul não funciona (ANA AMÉLIA) A argentina prefere importar sapato da China em vez de pagar o sapato que encomendou do rio grande do sul, 750 mil pares de sapatos que ficaram estocados no Brasil, porque a Argentina não cumpriu o contrato. 

(REPÓRTER) O jornalista William Waack destacou que o Mercosul perdeu a orientação inicial e tornou-se um bloco movido por posição ideológica, o que, segundo ele, marca a política externa atual 

(WILLIAM) adotar como narrativa da nossa história recente a ideia de que éramos submissos e deixamos de ser é pura e simplesmente uma enganação. o que nos torna mais ou menos relevantes é nossa capacidade de integração, e principalmente, o país tem que ser líder da sua região, deixou de ser. 

(REPÓRTER) A senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, única voz no debate a elogiar a política externa atual, afirmou que o Brasil se engrandeceu no cenário mundial 

(GRAZZIOTIN) O Brasil que ouço e vejo lá fora não é o Brasil que estou vendo aqui agora,do coitado que não sabe o que fazer, que não sabe o que quer, sabemos o que queremos, sabemos o que fazer e estamos fazendo 

(REPÓRTER) A Comissão de Relações Exteriores também vai debater nos próximos dias a Política Nacional de Defesa.
06/11/2014, 00h29 - ATUALIZADO EM 06/11/2014, 00h29
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