CDH volta a debater a liberação do uso da maconha nesta segunda
LOC: A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS VOLTA A DEBATER A LIBERAÇÃO DO USO DA MACONHA NA PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA. A AUDIÊNCIA PÚBLICA ESTÁ MARCADA PARA AS NOVE DA MANHÃ.
LOC: EM ABRIL DESTE ANO A ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS DIVULGOU RELATÓRIO RECOMENDANDO A DESCRIMINALIZAÇÃO DO CONSUMO DE DROGAS. REPÓRTER CINTHIA BISPO.
(Repórter) A Comissão de Direitos Humanos volta a debater a liberação do uso recreativo, medicinal e industrial da maconha. Essa será a quinta audiência pública e vai abordar os impactos no judiciário e no sistema penal. As reuniões anteriores, com diversos representantes da sociedade civil, renderam muitos debates, mas o consenso ainda está longe de ser obtido. Em abril deste ano a ONU divulgou relatório que sugere pela primeira vez a descriminalização do consumo de drogas. Segundo o relatório, com a descriminalização seria possível redistribuir recursos para tratamentos e facilitar a reabilitação e também esvaziaria as prisões. O debate foi provocado por iniciativa popular e tem como relator o senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal. De acordo com o senador, criminalização no Brasil virou uma medida de exclusão.
(Cristovam Buarque) O problema é que não é crime para brancos e ricos, mas continua crime para os pobres e negros. Porque discriminalizou-se, mas ficou a critério da policia e do juiz dizer quanto é uma quantidade grande e quanto não é. Quem é usuário, quem é traficante. Resultado é que hoje as prisões estão cheias.
(Repórter) Para Cristovam Buarque, há ainda muitas dúvidas se a legalização da droga vai diminuir ou não o crime e o número de usuários.
(Cristovam Buarque)Ninguém sabe o que vai acontecer se regularizar, como o Uruguai está fazendo. Agora o que a gente sabe é o que acontece se não regularizar, é o desastre que está ai. É uma guerra perdida. Nós sabemos o que acontece quando se proíbe da maneira atual, mas não sabemos o que acontece se a agente deixar de proibir.
(Repórter) Os convidados para a audiência são o Procurador da República Guilherme Zanina, o Conselheiro da Associação de Juízes para a Democracia, Roberto Luiz Corcioli e os juízes de direito Carlos Maroja e João Marcos Buch. Também vão participar da audiência a Coordenadora do Movimento Mães de Maio, Débora Maria da Silva, o psiquiatra Fábio Gomes de Matos e o juiz da Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro, João Batista Damasceno.
LOC: EM ABRIL DESTE ANO A ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS DIVULGOU RELATÓRIO RECOMENDANDO A DESCRIMINALIZAÇÃO DO CONSUMO DE DROGAS. REPÓRTER CINTHIA BISPO.
(Repórter) A Comissão de Direitos Humanos volta a debater a liberação do uso recreativo, medicinal e industrial da maconha. Essa será a quinta audiência pública e vai abordar os impactos no judiciário e no sistema penal. As reuniões anteriores, com diversos representantes da sociedade civil, renderam muitos debates, mas o consenso ainda está longe de ser obtido. Em abril deste ano a ONU divulgou relatório que sugere pela primeira vez a descriminalização do consumo de drogas. Segundo o relatório, com a descriminalização seria possível redistribuir recursos para tratamentos e facilitar a reabilitação e também esvaziaria as prisões. O debate foi provocado por iniciativa popular e tem como relator o senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal. De acordo com o senador, criminalização no Brasil virou uma medida de exclusão.
(Cristovam Buarque) O problema é que não é crime para brancos e ricos, mas continua crime para os pobres e negros. Porque discriminalizou-se, mas ficou a critério da policia e do juiz dizer quanto é uma quantidade grande e quanto não é. Quem é usuário, quem é traficante. Resultado é que hoje as prisões estão cheias.
(Repórter) Para Cristovam Buarque, há ainda muitas dúvidas se a legalização da droga vai diminuir ou não o crime e o número de usuários.
(Cristovam Buarque)Ninguém sabe o que vai acontecer se regularizar, como o Uruguai está fazendo. Agora o que a gente sabe é o que acontece se não regularizar, é o desastre que está ai. É uma guerra perdida. Nós sabemos o que acontece quando se proíbe da maneira atual, mas não sabemos o que acontece se a agente deixar de proibir.
(Repórter) Os convidados para a audiência são o Procurador da República Guilherme Zanina, o Conselheiro da Associação de Juízes para a Democracia, Roberto Luiz Corcioli e os juízes de direito Carlos Maroja e João Marcos Buch. Também vão participar da audiência a Coordenadora do Movimento Mães de Maio, Débora Maria da Silva, o psiquiatra Fábio Gomes de Matos e o juiz da Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro, João Batista Damasceno.
