CE analisará projeto de ampliação do ensino em tempo integral em escolas — Rádio Senado

CE analisará projeto de ampliação do ensino em tempo integral em escolas

LOC: A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DO SENADO VAI DAR PRIORIDADE PARA UMA PROPOSTA DE AMPLIAÇÃO DO ENSINO EM TEMPO INTEGRAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS. 

LOC: A IDEIA É QUE A IMPLANTAÇÃO SEJA GRADATIVA, DE 2016 A 2025, PARA QUE OS MUNICÍPIOS TENHAM TEMPO DE SE ADAPTAR. A REPORTAGEM É DE ROBERTO FRAGOSO.

TÉC: A meta do projeto é implantar o ensino em tempo integral em todas as escolas públicas do ensino fundamental e metade do ensino médio do País até 2025. Para que os estados e municípios tenham tempo para se adequar, o processo será gradativo. Em 2016, será implantado o tempo integral no primeiro ano do ensino fundamental. Essa primeira turma vai inaugurar, a cada ano, o sistema na série seguinte, até todos os anos adotarem a novidade em 2025. O ensino médio continua como previsto no Plano Nacional de Educação, com metade das escolas em tempo integral, e obrigação de atender 25% dos alunos. O autor do projeto, senador Wilson Matos, do PSDB do Paraná, defendeu na Comissão de Educação que o tempo adicional na escola seja usado para reforçar os conhecimentos de português, matemática e ciências. 

(Wilson Matos) As escolas hoje, de tempo integral, já 10% das escolas públicas brasileiras, elas têm no segundo turno, por falta da definição de um projeto pedagógico para o tempo integral, mais atividades lúdicas. Eu estou propondo que o segundo turno, 50% dele seja dedicado às ciências, matemática e língua portuguesa. Os outros 25% do tempo restantes deverão ser usados com filosofia, artes, esportes e outros programas. 

(Repórter) O senador, que é fundador e reitor do Centro Universitário de Maringá, relatou que hoje, os alunos que chegam à universidade são mal preparados. O presidente da comissão, Cyro Miranda, do PSDB de Goiás, elogiou a iniciativa e garantiu que a proposta terá prioridade. 

(Cyro Miranda) Vossa excelência sente, lá na ponta, toda a carência que há no ensino fundamental. Hoje, nas universidades, a grande reclamação é a qualidade do aluno que está chegando cada vez pior. Os professores universitários estão tendo uma dificuldade tremenda em reensinar tudo aquilo que já deveria ser base. Eu lhe prometo uma coisa: assim que chegar a esta Comissão, nós vamos dar celeridade. Se nós não mexemos na base, no alicerce, não adianta. A casa continua ruindo e de repente ela cai de vez. 

(Repórter) O projeto cria ainda uma nova carreira para reduzir o custo do segundo turno, a de mediador do conhecimento, que pode ser exercida por professores ou estudantes universitários. O dinheiro para bancar o aumento da carga horária virá do aumento da participação do PIB na Educação e de parte dos royalties do pré-sal.
11/09/2014, 01h33 - ATUALIZADO EM 11/09/2014, 01h33
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