Graça Foster reafirma que a refinaria de Pasadena foi um mau negócio — Rádio Senado

Graça Foster reafirma que a refinaria de Pasadena foi um mau negócio

EM DEPOIMENTO À CPI DA PETROBRAS, A PRESIDENTE DA ESTATAL REAFIRMA QUE A REFINARIA DE PASADENA FOI UM MAU NEGÓCIO. 

E A COMISSÃO TAMBÉM DECIDE CONVOCAR O EX-DIRETOR DA PETROBRAS QUE É INVESTIGADO PELA POLÍCIA FEDERAL E CHEGOU A SER PRESO NA OPERAÇÃO LAVA JATO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN 

(Repórter) A presidente da Petrobras, Graça Foster, reafirmou que a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, trouxe prejuízos. A sociedade com a empresa Astra tinha um custo previsto de US$ 420 milhões, mas acabou por US$ 1,249 bilhão. Graça Foster admitiu que se a diretoria da Petrobras tivesse analisado a cláusula que obrigava a estatal a adquirir a outra metade da sócia, o negócio não teria sido fechado. 

(Graça Foster) Os números mostram hoje não foi um bom negócio. Em um futuro próximo é possível que haja melhorias. Mas não seria feito novamente com as projeções e estratégias atuais. Hoje, com a decisão de fazer refino no Brasil, com descoberta do pré-sal e com o mercado interno crescente, a Petrobras não faria aquela aquisição. 

(Repórter) Graça Foster negou o pagamento de propina para funcionários da Petrobras pela SBM, que loca plataformas para a estatal. Na mesma reunião, a CPI aprovou a convocação do ex-diretor da Petrobras, Paulo Costa, preso pela Polícia Federal por envolvimento com doleiro Alberto Yousseff, suspeito de lavagem de dinheiro. O relator da CPI, senador José Pimentel, do PT do Ceará, negou que essa convocação seja uma resposta à oposição, que boicota a CPI. 

(José Pimentel) Vamos chamar todos. Por isso, qualquer matéria que diga respeito à Petrobras será objeto de investigação, discussão e requisição de requisição de documentos sobre esse tema. 

(Repórter) O vice-líder do PSDB, senador Álvaro Dias, do Paraná, minimizou a convocação do ex-diretor da Petrobras. 

(Alvaro Dias) Nessa CPI do Senado, batizada de CPI chapa-branca, não há interesse em questionar duramente e fazer perguntas para revelar a verdade. 

(Repórter) Impedido de se manifestar sobre a Petrobras por ser o relator de uma auditoria no Tribunal de Contas da União, o ministro José Jorge cancelou o depoimento à CPI.
27/05/2014, 05h13 - ATUALIZADO EM 27/05/2014, 05h13
Duração de áudio: 02:01
Ao vivo
00:0000:00