Comissão realiza última audiência para debater financiamento da Educação
LOC: FOI REALIZADA NESTA QUARTA-FEIRA A ÚLTIMA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR FUNDOS DE FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO.
LOC: ENTRE AS OPÇÕES CONSIDERADAS, ESTÃO OS ROYALTIES DO PETRÓLEO E OS RECURSOS DESTINADOS À PROPAGANDA OFICIAL. REPÓRTER LUCYENNE LANDIM.
(Repórter) Para o senador Cristovam Buarque, a criação de um novo modelo de sistema educacional pode ser a saída para elevar a qualidade do ensino público no Brasil. É essa a discussão que está sendo feita por uma Comissão criada para discutir novas formas de financiamento da educação. Entre as possíveis mudanças, o senador considera mais investimentos para qualificação de professores, na infraestrutura das escolas e a implantação do horário integral. Mas esse novo sistema pode demorar pelo menos quinze anos para começar a funcionar. Outra alternativa é o repasse da responsabilidade educacional dos municípios para a União, o que pode reduzir a desigualdade orçamentária que divide grandes e pequenas cidades, como explica Cristovam.
(Cristovam Buarque) O atual sistema educacional é capaz de melhorar, mas não saltar em consideração aos países que já tem uma educação desenvolvida. Manter a educação pública do Brasil nas mãos da prefeitura é condenar a educação brasileira à desigualdade. A educação vai depender do CEP do aluno.
(Repórter) A representante do programa Todos pela Educação, Alejandra Velasco, afirmou que a infraestrutura é um dos motivos da baixa qualidade educacional e da evasão escolar.
(Alejandra Velasco) A gente não tem uma rede de escolas que seja atrativa pros alunos, que tenha um padrão de qualidade, que tenha uma infraestrutura que chame ele pra escola.
(Repórter) Idevaldo Bodião, da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, acredita que é fundamental investir na carreira de professor, para que ela seja vista como uma profissão bem sucedida.
(Idevaldo Bodião) Pra gente conseguir ter bons profissionais nesta rede de referência ou num conjunto de redes, não há como fazê-lo sem bons salários e sem carreira. Nós queremos que os bons alunos do ensino médio façam sua opção pela licenciatura ou pela carreira docente, coisa que não acontece hoje.
(Repórter) De acordo com Cristovam Buarque, algumas das fontes que podem ser usadas para financiar a educação são os royalties do petróleo e o dinheiro gasto atualmente com propaganda oficial. O senador analisou ainda que, em um sistema considerado ideal, cada aluno custará para o governo nove mil e quinhentos reais, aproximadamente três vezes mais do que é gasto hoje.
LOC: ENTRE AS OPÇÕES CONSIDERADAS, ESTÃO OS ROYALTIES DO PETRÓLEO E OS RECURSOS DESTINADOS À PROPAGANDA OFICIAL. REPÓRTER LUCYENNE LANDIM.
(Repórter) Para o senador Cristovam Buarque, a criação de um novo modelo de sistema educacional pode ser a saída para elevar a qualidade do ensino público no Brasil. É essa a discussão que está sendo feita por uma Comissão criada para discutir novas formas de financiamento da educação. Entre as possíveis mudanças, o senador considera mais investimentos para qualificação de professores, na infraestrutura das escolas e a implantação do horário integral. Mas esse novo sistema pode demorar pelo menos quinze anos para começar a funcionar. Outra alternativa é o repasse da responsabilidade educacional dos municípios para a União, o que pode reduzir a desigualdade orçamentária que divide grandes e pequenas cidades, como explica Cristovam.
(Cristovam Buarque) O atual sistema educacional é capaz de melhorar, mas não saltar em consideração aos países que já tem uma educação desenvolvida. Manter a educação pública do Brasil nas mãos da prefeitura é condenar a educação brasileira à desigualdade. A educação vai depender do CEP do aluno.
(Repórter) A representante do programa Todos pela Educação, Alejandra Velasco, afirmou que a infraestrutura é um dos motivos da baixa qualidade educacional e da evasão escolar.
(Alejandra Velasco) A gente não tem uma rede de escolas que seja atrativa pros alunos, que tenha um padrão de qualidade, que tenha uma infraestrutura que chame ele pra escola.
(Repórter) Idevaldo Bodião, da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, acredita que é fundamental investir na carreira de professor, para que ela seja vista como uma profissão bem sucedida.
(Idevaldo Bodião) Pra gente conseguir ter bons profissionais nesta rede de referência ou num conjunto de redes, não há como fazê-lo sem bons salários e sem carreira. Nós queremos que os bons alunos do ensino médio façam sua opção pela licenciatura ou pela carreira docente, coisa que não acontece hoje.
(Repórter) De acordo com Cristovam Buarque, algumas das fontes que podem ser usadas para financiar a educação são os royalties do petróleo e o dinheiro gasto atualmente com propaganda oficial. O senador analisou ainda que, em um sistema considerado ideal, cada aluno custará para o governo nove mil e quinhentos reais, aproximadamente três vezes mais do que é gasto hoje.
