CDH foi ao Rio acompanhar investigações sobre morte do coronel Paulo Malhães — Rádio Senado

CDH foi ao Rio acompanhar investigações sobre morte do coronel Paulo Malhães

LOC: A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO ESTEVE NO RIO DE JANEIRO NESTA TERÇA-FEIRA PARA ACOMPANHAR AS INVESTIGAÇÕES SOBRE A MORTE DO CORONEL PAULO MALHÃES. 

LOC: O CORONEL, QUE ADMITIU TER PARTICIPADO DE DIVERSOS EPISÓDIOS DE REPRESSÃO E TORTURA A OPOSITORES DO REGIME MILITAR, MORREU DURANTE UM ASSALTO A SUA RESIDÊNCIA NO RIO DE JANEIRO. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. 

(Repórter) O senador Randolfe Rodrigues, do PSOL do Amapá, membro da Comissão de Direitos Humanos do Senado, esteve no Rio de Janeiro para conversar com membros da Comissão Estadual da Verdade e com os policiais que investigam a morte do coronel. Randolfe questiona a hipótese de ter sido um crime comum. 

(Randolfe Rodrigues) Eu fico cada vez mais convencido de uma coisa: está cada vez mais distante da hipótese de crime comum. Não posso aceitar como crime comum primeiro um caseiro que nega que tem a autoria do crime, segundo que é analfabeto, terceiro um intervalo de 12 horas entre o crime ocorrido e ter o comparecimento da primeira autoridade policial para fazer a primeira perícia no corpo. 

(Repórter) Rogério Pires, caseiro do coronel Paulo Malhães, teria sido cúmplice dos assaltantes que invadiram e amarraram o coronel e sua esposa, enquanto roubavam a casa. Malhães teria sofrido um infarto durante o tempo em que estava amarrado, sob a mira dos assaltantes. Entretanto, como a menos de um mês o coronel havia deposto na Comissão da Verdade, assumindo participação em diversos casos de torturas e assassinatos de opositores aos governos militares, inclusive na morte e sumiço do corpo do deputado Rubens Paiva, sua morte gerou muitas suspeitas, como aponta o senador Randolfe Rodrigues:  

(Randolfe Rodrigues) Pode até ser crime comum. Mas há muitas indagações, há muitas interrogações. Eu só saio convencido da decisão acertada que foi tirar uma comissão do Senado pra acompanhar isso. Há muito jabuti nessa história e eu estou conhecido que jabuti em árvore ou foi enchente ou foi mão de gente.  

(Repórter) Além de Randolfe Rodrigues, os senadores Ana Rita, do PT do Espírito Santo e presidente da Comissão de Direitos Humanos, e João Capiberibe, do PSB do Amapá também participaram das diligências no Rio de Janeiro.
06/05/2014, 09h09 - ATUALIZADO EM 06/05/2014, 09h09
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