Senadores divergem sobre situação atual do setor elétrico — Rádio Senado

Senadores divergem sobre situação atual do setor elétrico

LOC: O SENADOR JOSÉ AGRIPINO, DO DEMOCRATAS DO RIO GRANDE DO NORTE, CRITICA OS GASTOS DO GOVERNO EM TERMOELÉTRICAS E AFIRMA QUE FALTA PLANEJAMENTO NO SETOR. 

LOC: JÁ A SENADORA GLEISI HOFFMAN, DO PT PARANAENSE, AFIRMA QUE O PAÍS TEM CONDIÇÕES DE MANTER O ABASTECIEMTNO DE ENERGIA. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. 

(Repórter) O senador potiguar José Agripino, do Democratas, contesta a maneira como o governo tem agido no setor energético. Ele critica a não construção das linhas de ligação das usinas eólicas e o consequente uso de energia elétrica gerada pelas usinas termoelétricas, que é mais caro. 

(José Agripino Maia) “Mas seria tão mais fácil, se a Chesf, que é uma estatal, exibisse competência e tivesse completado o Linhão. Esse Linhão estaria injetando nas linhas de distribuição de alta tensão perto de uma Itaipu de energia elétrica da Bahia, do Rio Grande do Norte, do Ceará em energia elétrica muito mais barata do que a termelétrica, muito mais barata, poluição zero, e com investimento já feito pelo setor privado”. 

(Repórter) A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, ex-ministra-chefe da Casa Civil do governo Dilma, declarou que a oposição está se aproveitando de uma situação que não é grave e vende à população uma situação crítica. Ela garante que o país tem estrutura suficiente para manter o abastecimento. 

(Gleisi Hoffmann) “Apesar de uma das situações mais críticas dos últimos quarenta anos, nós estamos preparados estruturalmente para essa situação. Nós colocamos mais da metade do que existia, quer dizer, o dobro do que existia de megawatts disponível para geração de energia. Nós tínhamos oitenta mil, hoje nós estamos com 126 mil. Nós tínhamos cerca de 73 mil quilômetros de linhas de transmissão. Hoje nós temos 116 mil. É um sistema interligado”. 

(Repórter) O senador Casildo Maldaner, do PMDB de Santa Catarina, aponta o planejamento de longo prazo e o investimento em infra-estrutura como solução para a grave crise no setor energético brasileiro. Casildo criticou o fato de o Brasil ser dependente das usinas de fonte hídrica ou térmica para produzir energia. 

(Casildo Maldaner) “ Infelizmente, ao longo dos anos, demos costas a nossa capacidade ainda maior: a de operação de energia eólica. É fundamental nos preparamos para o campo da energia eólica e não só a eólica, mas também a energia solar ”. 

(Repórter) Ambientalistas têm criticado a ausência projetos de preservação das áreas verdes dos rios e afluentes das usinas hidroelétricas, o que tem gerado baixa captação de água para os reservatórios e para os sistemas de água das grandes cidades, como o que ocorre hoje em São Paulo.
21/03/2014, 07h44 - ATUALIZADO EM 21/03/2014, 07h44
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