Senadores criticam corte de R$ 44 bilhões no Orçamento — Rádio Senado

Senadores criticam corte de R$ 44 bilhões no Orçamento

LOC: A OPOSIÇÃO IRONIZA O CORTE DE QUARENTA E QUATRO BILHÕES DO ORÇAMENTO DESTE ANO, QUE ATINGIU AS EMENDAS PARLAMENTARES.

LOC: A BASE ALIADA AFIRMA QUE O AJUSTE NAS CONTAS PÚBLICAS FOI NECESSÁRIO PARA ATRAIR INVESTIDORES AO PAÍS. OS DETALHES COM A REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN: 

TÉC: Em mais uma tentativa de mostrar para os investidores estrangeiros que o Brasil está controlando os gastos públicos, a equipe econômica anunciou um corte de R$ 44 bilhões no Orçamento Geral da União aprovado pelo Congresso Nacional. Ao defender os ajustes, o senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima, disse que eram necessários para garantir que um superávit primário, que é a poupança destinada ao pagamento dos juros da dívida, de 1,9% do Produto Interno Bruto. Essa reserva de R$ 90 bilhões mostra para os investidores o esforço do governo para manter as contas em dia, como ressaltou Romero Jucá, que já foi relator do Orçamento. 

(Jucá) Se o governo não tem certeza ainda do que vai arrecadar, já que está começando o ano, o governo tem que se precaver e bloquear despesas para não gastar mais do que arrecada. O governo está correto. Acho que temos que apoiar essa medida de austeridade fiscal. 

REPÓRTER: Ao ironizar o governo, o vice-líder do PSDB, senador Álvaro Dias, do Paraná, disse que os cortes não são novidades, principalmente para os parlamentares da oposição, que não recebem os repasses. 

(A.Dias) As emendas de bancada já vêm cortadas. Em relação ao Paraná, pelo menos, o governo nunca pagou essas emendas de bancada. Gera uma falsa e enorme expectativa porque os valores são expressivos. Mas depois o governo não paga. Estamos assistindo a um videotape, é a repetição de fatos que ocorrem todos os anos. 

REPÓRTER: Dos 44 bilhões cortados, R$ 13 bilhões se referem às emendas de bancada, que são obras e projetos escolhidos pelos parlamentares de um mesmo estado e pagos pelo governo federal. A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, ressaltou que o ajuste não atingiu as emendas individuais que totalizam R$ 6,4 bilhões. 

(Gleisi) As emendas individuais não sofreram cortes. Como todo mundo tem que participar do ajuste, o Parlamento tem que participar do corte. Isso pode afetar uma parcela das emendas que não são individuais, assim como está afetando uma parcela de despesas do Executivo. 

REPÓRTER: Mas metade dos R$ 6,4 bilhões foi destinada para projetos na área de saúde nos estados.
21/02/2014, 01h49 - ATUALIZADO EM 21/02/2014, 01h49
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