Conselho de Comunicação vota nota de repúdio contra morte de cinegrafista — Rádio Senado

Conselho de Comunicação vota nota de repúdio contra morte de cinegrafista

LOC: O CONSELHO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL VAI VOTAR NESTA TARDE UMA NOTA DE REPÚDIO CONTRA A AGRESSÃO SOFRIDA PELO CINEGRAFISTA DA TV BANDEIRANTES. SANTIAGO ANDRADE TEVE MORTE CEREBRAL NESTA SEGUNDA-FEIRA. 

LOC: A COMISSÃO DE LIBERDADE DE EXPRESSÃO TAMBÉM DEVE FAZER UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR OS PROJETOS DE LEI QUE BUSCAM PROTEGER OS PROFISSIONAIS DE IMPRENSA. REPÓRTER GEORGE CARDIM. 

TÉC: Os integrantes da Subcomissão de Liberdade de Expressão aprovaram um voto de solidariedade e uma nota de repúdio contra a violência sofrida pelo cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade. Ele teve morte cerebral nesta segunda-feira depois de ser atingido por um rojão durante um protesto contra o aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro. O conselheiro Daniel Slaviero disse que o crime praticado contra o cinegrafista é um atentado à liberdade de expressão e de imprensa. 

(Slaviero) Aconteceu uma agressão ao cinegrafista da rede Bandeirantes, todo mundo está acompanhando, e uma vez que um profissional de imprensa é impedido de exercer a sua função quem mais perde é a sociedade brasileira que deixa de ser informada. 

(REPÓRTER) A nota de repúdio deve ser analisada na parte da tarde pelo Conselho de Comunicação Social. E a Subcomissão de Liberdade de Expressão também começou a analisar o relatório da conselheira Wrana Panizzi, a favor de três projetos em discussão no Congresso Nacional que buscam proteger os cinegrafistas, repórteres e fotógrafos que façam cobertura jornalística de operações policiais. O texto obriga as empresas de comunicação e a polícia a fornecerem coletes à prova de bala, capacetes e equipamentos de proteção aos profissionais da imprensa. Wrana lembrou que cinco jornalistas assassinados no Brasil em 2013 e a profissão pode ser considerada de risco. 

(Wrana) Podemos então dizer que o exercício da profissão de jornalismo no Brasil é sim uma profissão de risco. E exige por parte das empresas jornalísticas e do governo políticas que primem pela valorização da vida e pela integridade dos profissionais a ela ligados. 

(REPÓRTER) Antes da votação, o assunto deve ser discutido em audiência pública.
10/02/2014, 00h42 - ATUALIZADO EM 10/02/2014, 00h42
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