Comissão debate custo e qualidade da distribuição de energia no campo — Rádio Senado

Comissão debate custo e qualidade da distribuição de energia no campo

LOC: REPRESENTANTES DE PRODUTORES DE ARROZ DO RIO GRANDE DO SUL E DE COOPERATIVAS DE ELETRIFICAÇÃO RURAL RECLAMAM DO ALTO CUSTO E DA BAIXA QUALIDADE DA ENERGIA DISTRIBUÍDA NO CAMPO. 

LOC: A COMISSÃO DE AGRICULTURA DO SENADO DEBATEU A QUESTÃO NA MANHÃ DESTA QUINTA-FEIRA. REPÓRTER MARCELA DINIZ: 

(Repórter) O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz irrigado do Brasil, mas essa lavoura vem sofrendo impactos por conta do alto custo da energia elétrica. O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do estado, Henrique Dornelles, disse na Comissão de Agricultura do Senado que há interrupções no fornecimento de luz, a energia é cara e de baixa qualidade e os produtores ainda têm que pagar multas relativas à eficiência energética dos equipamentos usados na produção: 

(Henrique Dornelles) Existem propriedades que ficaram 30 dias sem energia elétrica. Nós não entendemos por que muitas vezes a gente precisa, além de pagar todos os danos que fatalmente ocorrem na produção em função de 30 dias de falta de energia elétrica a gente tem que pagar ainda uma multa, ser penalizado por isso. 

(Repórter) A senadora Ana Amélia, do PP gaúcho, defendeu maior atenção à zona rural no programa Luz Para Todos, do governo federal, como forma de dar tratamento diferenciado aos agricultores: 

(Ana Amélia) É diferente o consumidor urbano do consumidor rural. Conversar com o Ministério de Minas e Energia, o ministro Edison Lobão é muito sensível a isso e esse é um programa ‘menina dos olhos’, e poderemos ter um grande ganho em matéria de economicidade; somos muito produtivos, mas não somos competitivos. 

(Repórter) As cooperativas de eletrificação rural também reclamam dos custos. O analista da Confederação Nacional das Cooperativas de Infraestrutura, Marcos Olívio Morato, citou um decreto do governo federal que limita o desconto sobre a compra de energia elétrica: 

(Marcus Olívio) teve um decreto em janeiro, que limita o desconto das cooperativas autorizadas a 30%, sendo que seus custos operacionais extrapolam isso e quem é penalizado é o consumidor final, o cooperado que está na ponta. 

(Repórter) Esse decreto teve seus efeitos suspensos depois que agricultores protestaram contra o fim da “tarifa verde”, previsto na medida. Essa tarifa incentiva a irrigação no período noturno até as seis da manhã e sem ela, haveria aumento entre 50 e 200% na conta de luz dos produtores rurais. 
28/11/2013, 03h32 - ATUALIZADO EM 28/11/2013, 03h32
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