Ex-presidente da Petrobras nega irregularidades na compra de refinaria — Rádio Senado

Ex-presidente da Petrobras nega irregularidades na compra de refinaria

LOC: O EX-PRESIDENTE DA PETROBRAS, SERGIO GABRIELLI, DESQUALIFICOU DENÚNCIAS PUBLICADAS NA IMPRENSA SOBRE A COMPRA DE UMA REFINARIA EM PASADENA, NO TEXAS. 

LOC: ELE DISSE NESTA TERÇA-FEIRA, EM AUDIÊNCIA NA COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE DO SENADO, QUE A AQUISIÇÃO FOI UM NEGÓCIO NORMAL. SAIBA MAIS COM O REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. 

TÉC: A compra da refinaria de Pasadena, no estado norte-americano do Texas, começou em 2006, quando a Petrobras pagou 360 milhões de dólares por metade das ações. Depois de desentendimentos e disputas judiciais, a estatal brasileira acabou comprando o restante da refinaria em 2012, pagando mais 820 milhões à empresa belga Astra Oil, um total de um bilhão, 180 milhões de dólares. O caso veio à tona em dezembro, em reportagem da revista Veja. O ex-presidente da estatal, Sergio Gabrielli, disse que, ao contrário do que a publicação afirma, a refinaria não está desativada, e que suas operações cobrem ao menos parte dos custos com a compra. Ele disse que o negócio seria lucrativo se não fosse a crise financeira mundial em 2008, que derrubou os preços do petróleo e derivados. O senador Ivo Cassol, do PP de Rondônia, que pediu a vinda do ex-presidente da estatal, entendeu a mudança de cenário. Mas ainda acha que o negócio foi um erro. 

(Ivo Cassol) Eu ainda discordo e falo que ainda faltou planejamento. E os nossos diretores dessa área da Petrobras ou de outras áreas precisam planejar o país num todo, independente de cores partidárias, sob pena de nós cometermos mais erros no futuro. Então portanto a gente espera que possa recuperar isso. E que não se cometa mais no futuro erros de aquisição de uma maneira que foi adquirida essa refinaria em Pasadena. Mesmo pensando na necessidade que tinha, mas nós podíamos ter, com aquele recurso, começado mais uma refinaria antes aqui. 

(Repórter) Os senadores lembraram que o negócio está sendo investigado em várias instâncias. Mas Gabrielli respondeu que todas as denúncias se baseiam apenas no que foi publicado na imprensa. 

(Sergio Gabrielli) Tanto o TCU como o Ministério Público como a ação individual que está ocorrendo em uma corte em primeira instância no Maranhão tem como base exclusivamente a matéria publicada na Veja. E essa matéria da Veja está lastreada na desinformação. Desinformação do porquê o negócio, desinformação de quanto custou o negócio, desinformação do impacto do negócio sobre a Petrobras. Eu tenho certeza que o Tribunal de Contas, o Ministério Público e o juiz de primeira instância, tendo as informações, vão provavelmente o arquivar. 

(Repórter) Sergio Gabrielli disse ainda que a refinaria parou de receber investimentos porque depois de 2006, com a descoberta das reservas do pré-sal, a estratégia da Petrobras de implantar refinarias no exterior mudou. O foco passou a ser fazer o refino do petróleo no próprio País.
06/08/2013, 01h39 - ATUALIZADO EM 06/08/2013, 01h39
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