Gilberto Carvalho nega investigação paralela sobre caso Rosemary Noronha — Rádio Senado

Gilberto Carvalho nega investigação paralela sobre caso Rosemary Noronha

LOC: O MINISTRO DA SECRETARIA-GERAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA NEGOU HOJE, NO SENADO, QUE TENHA HAVIDO UMA “INVESTIGAÇÃO PARALELA” SOBRE O CASO ROSEMARY NORONHA. 

LOC: GILBERTO CARVALHO FOI OUVIDO NA MANHÃ DESTA TERÇA-FEIRA NA COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE DO SENADO. O REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO TRAZ OS DETALHES. 

(Repórter) O ministro Gilberto Carvalho garantiu aos senadores que o que foi apelidado de “investigação paralela”, em denúncia da revista Veja, foi um procedimento normal e técnico da Secretaria de Controle Interno da Presidência da República. A Ciset questionava apenas, de acordo com o ministro da Secretaria-Geral, a divisão de tarefas da sindicância aberta pela Casa Civil para investigar se houve tráfico de influência por Rosemary Noronha, esquema revelado pela Operação Porto Seguro da Polícia Federal. 

(Gilberto Carvalho) A Casa Civil sendo a coordenadora de todos os ministérios da República e levando-se em conta que havia pessoas envolvidas nesse procedimento da operação de vários ministérios, eventualmente poderíamos desdobrar essa investigação em outras áreas. O que houve em seguida foi exatamente o exercício de uma autonomia própria da Ciset. Ela não fez nenhuma investigação, não inquiriu nenhuma pessoa, nenhum funcionário, ela não fez nenhum tipo de levantamento. 

(Repórter) Gilberto Carvalho lembrou que a Ciset é composta por funcionários de carreira ligados à Controladoria Geral da União e que suas ações não dependem de autorização, tanto que ele não foi informado do início do processo de acompanhamento da sindicância. O senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB de São Paulo, que pediu a vinda do ministro ao Senado, disse que a divisão de tarefas deveria ter sido feita desde o início do processo. 

(Aloysio Nunes Ferreira) O que está claro para mim é que houve aí um desacerto, uma falta de coordenação e de entendimento no início dessa investigação. Se foi de comum acordo, essa divisão de tarefas deveria ter sido realizada, especialmente em se tratando de um assunto de tal delicadeza política. Porque convenhamos que não é um processo, digamos assim, banal. Isso envolve, inclusive, uma pessoa muito próxima do ex-presidente da República e que trabalhava num órgão da Presidência da República. 

(Repórter) Gilberto Carvalho informou ainda que Rosemary Noronha integrava comitivas presidenciais em viagens oficiais ao exterior como colaboradora do cerimonial, em que teria visitado 23 países de 2007 a 2010. O ministro confirmou que ela era subordinada a ele, mas negou conhecimento de qualquer atividade irregular enquanto Rosemary estava no cargo. Da Rádio Senado, Roberto Fragoso.
18/06/2013, 05h23 - ATUALIZADO EM 18/06/2013, 05h23
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