Protestos contra aumento das passagens de ônibus repercutem no Senado — Rádio Senado

Protestos contra aumento das passagens de ônibus repercutem no Senado

LOC: PROTESTOS EM GRANDES CAPITAIS DO PAÍS CONTRA O AUMENTO DAS PASSAGENS DE ONIBUS, PRINCIPALMENTE EM SÃO PAULO, REPERCUTEM NO SENADO. 

LOC: ALOYSIO NUNES FERREIRA CRITICA O QUE VÊ COMO EXCESSO DOS MANIFESTANTES, MAS WELLINGTON DIAS ACREDITA QUE PODEM HAVER AGENTES INFILTRADOS. A REPORTAGEM É DE SERGIO VIEIRA. 

(Sergio Vieira) Durante a semana, diversas capitais, especialmente São Paulo, passaram por ondas de protestos contra o aumento no preço da passagem no transporte público. Muitas delas se converteram em verdadeiras batalhas campais, como no caso da Avenida Paulista, paralisada pelos manifestantes, o que resultou em quebra-quebra e na ação da Polícia classificada como “excessiva” por analistas e até pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. O senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB de São Paulo, culpou grupos que considera radicais e inexpressivos pelo quebra-quebra, e defendeu a ação da PM. 

(Aloysio Nunes Ferreira) Vândalos, baderneiros que a pretexto de lutar pela gratuidade do transporte público levaram o caos às ruas da capital do meu Estado. Ônibus depredados, estações do metrô saqueados, bancas de jornal incendiadas, prejuízos aos lojistas. 

(Repórter) Aloysio Nunes disse, ainda, que estes manifestantes são filhos da classe média alta e da classe alta paulista que vão de carro particular para seus cursos universitários, e não seriam verdadeiros usuários do sistema público de transporte. Já o senador Wellington Dias, do PT do Piauí, disse que a capital do estado dele, Teresina, enfrentou um movimento semelhante em 2011, e ficou provado depois nas investigações que eram agentes infiltrados que praticavam o quebra-quebra. 

(Wellington Dias) Foi detectado em Teresina pessoas com as fichas da pior possibilidade infiltradas ali no movimento, encapuzados incendiando ônibus, depredando veículos. Que não tinham nada a ver com as razões do outro movimento, que inclusive sentou-se à mesa, negociou-se e ali se chegou a uma solução. Por uma passagem que ficou compatível com os custos. 

(Repórter) O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que vai manter o recente aumento no preço das passagens.  

ALÉM DE ALCKMIN, O PREFEITO FERNANDO HADDAD TAMBÉM DESCARTOU A POSSIBILIDADE DE REDUZIR AS TAFIFAS DE ÔNIBUS, TRENS E METRÔS PELOS PRÓXIMOS 45 DIAS, CONFORME SUGESTÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO.
14/06/2013, 12h57 - ATUALIZADO EM 14/06/2013, 12h57
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