Comissão de senadores deve se reunir com o Papa Francisco em julho — Rádio Senado

Comissão de senadores deve se reunir com o Papa Francisco em julho

LOC: UMA COMISSÃO DE SENADORES LIDERADA PELO PRESIDENTE DA CASA, RENAN CALHEIROS, DEVE SE REUNIR COM O PAPA FRANCISCO NO RIO DE JANEIRO EM JULHO, DURANTE A JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE.  

LOC: PEDRO SIMON OCUPOU A TRIBUNA DO SENADO NESTA SEXTA-FEIRA PARA FALAR DA IMPORTÂNCIA DESSE ENCONTRO, E PEDIR UMA POLÍTICA MAIS ÉTICA E MAIS HUMANA. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.  

(Repórter) O senador Pedro Simon, do PMDB do Rio Grande do Sul, foi quem sugeriu a criação de uma comissão de senadores para se encontrar com o Papa Francisco no Rio de Janeiro. O líder da Igreja Católica vem ao Brasil em julho para participar da Jornada Mundial da Juventude, evento que começou em 1986 por iniciativa do Papa João Paulo II, e que a cada dois ou três anos é levado para um país em um grande encontro internacional. Simon disse que se emocionou com a escolha do atual sumo pontífice, Papa Francisco, e que continua se impressionando com suas escolhas humildes. Na opinião do senador, neste mundo tomado pelo materialismo, pelo individualismo e pela ganância, os políticos devem atuar com os olhos voltados para a caridade e para a solidariedade, o que pode começar com esse encontro com o papa. 

(Pedro Simon) Neste mundo, passa pela cabeça de alguém? O Obama, o chefão da Rússia, Alemanha, China, vão se reunir e fazer qualquer coisa de bom e de útil, acima de bem e do mal, acima do comunismo ou do capitalismo? Bom para a humanidade? Não passa pela cabeça de ninguém fazer isso. É aí que eu quero chegar. Algo pode ser iniciado nesse sentido, e a presença do Papa na reunião, como cidade do mundo inteiro. A minha intuição me diz que pode nascer algo de uma grande ideia, que começa no Rio de Janeiro, e o mundo aceite. 

(Repórter) O senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, disse que os políticos deveriam ser mais “franciscos” e menos “Rockfellers”. Ele acredita ainda que o papel do Papa de chefe de Estado pode ajudar as nações a pensarem como uma só, sem interesses individuais ou preocupações com eleições. 

(Cristovam Buarque) O Papa não tem compromissos com eleitores. Ele não tem compromisso nem mesmo com esse mundo. Ele tem compromisso com um mundo até muito mais distante. Poderia ser a pessoa para levantar uma bandeira alternativa, de um progresso alternativo, que nossos chefes de Estado não conseguem, porque estão presos, inclusive, ao voto. 

(Repórter) Vão participar do encontro com o Papa os senadores Renan Calheiros, Pedro Simon, Vital do Rêgo, Francisco Dornelles, Lindbergh Farias, Ruben Figueiró, Cícero Lucena, Paulo Paim e Inácio Arruda.
31/05/2013, 04h31 - ATUALIZADO EM 31/05/2013, 04h31
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