Médico recém-formado poderá ser obrigado a trabalhar no interior
LOC: MÉDICOS E REPRESENTANTES DO GOVERNO DISCUTIRAM NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO O PROJETO QUE OBRIGA MÉDICOS RECÉM-FORMADOS A TRABALHAREM POR DOIS ANOS NAS CIDADES PEQUENAS.
LOC: OS PROFISSIONAIS ACREDITAM QUE SEM MAIS RECURSOS, A MEDIDA NÃO VAI BENEFICIAR A POPULAÇÃO. DETALHES COM ANA BEATRIZ SANTOS.
(Repórter) A Comissão de Educação recebeu associações representativas de médicos, de estudantes de medicina e dos Ministérios da Educação e da Saúde para ouvir sugestões sobre o projeto do senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, que obriga os médicos que tiveram os estudos custeados pelo governo a exercerem a profissão por dois anos em cidades com menos de 30 mil habitantes ou nas periferias das grandes cidades. Os representantes dos ministérios acreditam que a proposta é positiva, mas os médicos e residentes defenderam que antes de estipular a obrigatoriedade, é preciso oferecer salários competitivos e infraestrutura para atrair os profissionais para essas localidades. Foi o que explicou a representante dos residentes em medicina, Beatriz de Castro.
(Beatriz de Castro) o que o Brasil precisa é de uma política de estado apartidária com uma política nacional de saúde que não meça forças nem recursos pra dar as mínimas condições pros médicos e as mínimas condições pra população.
(Repórter) O senador Paulo Davim, do PV do Rio Grande do Norte, médico e vice-presidente da comissão temporária do senado que discute os investimentos públicos em saúde, acha impossível resolver o problema do baixo número de médicos nas cidades pequenas sem dinheiro.
(Paulo Davim) Não da pra se resolver um problema que é secular, do dia pra noite, não dá, e essa discussão de vinda de medico estrangeiro, serviço civil obrigatório, isso esta desviando o foco da questão. Um país que investe 3, 7 por cento do PIB na saúde nunca vai ter uma saúde digna. Nos investimos menos do que o Chile do que a Argentina, do que o Uruguai.
(Repórter) O relator da proposta, senador Paulo Paim, do PT gaúcho, disse que vai pedir mais sugestões para apresentar um novo texto.
(Paulo Paim) todos querem mais médicos mas todos querem uma estrutura melhor, querem a valorização dos profissionais.
(Repórter) No texto inicial, o autor do projeto, senador Cristovam Buarque justifica que o chamado "exercício social da profissão" vai contribuir a longo prazo para desafogar os serviços de saúde dos grandes centros.
LOC: OS PROFISSIONAIS ACREDITAM QUE SEM MAIS RECURSOS, A MEDIDA NÃO VAI BENEFICIAR A POPULAÇÃO. DETALHES COM ANA BEATRIZ SANTOS.
(Repórter) A Comissão de Educação recebeu associações representativas de médicos, de estudantes de medicina e dos Ministérios da Educação e da Saúde para ouvir sugestões sobre o projeto do senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, que obriga os médicos que tiveram os estudos custeados pelo governo a exercerem a profissão por dois anos em cidades com menos de 30 mil habitantes ou nas periferias das grandes cidades. Os representantes dos ministérios acreditam que a proposta é positiva, mas os médicos e residentes defenderam que antes de estipular a obrigatoriedade, é preciso oferecer salários competitivos e infraestrutura para atrair os profissionais para essas localidades. Foi o que explicou a representante dos residentes em medicina, Beatriz de Castro.
(Beatriz de Castro) o que o Brasil precisa é de uma política de estado apartidária com uma política nacional de saúde que não meça forças nem recursos pra dar as mínimas condições pros médicos e as mínimas condições pra população.
(Repórter) O senador Paulo Davim, do PV do Rio Grande do Norte, médico e vice-presidente da comissão temporária do senado que discute os investimentos públicos em saúde, acha impossível resolver o problema do baixo número de médicos nas cidades pequenas sem dinheiro.
(Paulo Davim) Não da pra se resolver um problema que é secular, do dia pra noite, não dá, e essa discussão de vinda de medico estrangeiro, serviço civil obrigatório, isso esta desviando o foco da questão. Um país que investe 3, 7 por cento do PIB na saúde nunca vai ter uma saúde digna. Nos investimos menos do que o Chile do que a Argentina, do que o Uruguai.
(Repórter) O relator da proposta, senador Paulo Paim, do PT gaúcho, disse que vai pedir mais sugestões para apresentar um novo texto.
(Paulo Paim) todos querem mais médicos mas todos querem uma estrutura melhor, querem a valorização dos profissionais.
(Repórter) No texto inicial, o autor do projeto, senador Cristovam Buarque justifica que o chamado "exercício social da profissão" vai contribuir a longo prazo para desafogar os serviços de saúde dos grandes centros.
