Comissão debate investimentos em fontes alternativas de energia — Rádio Senado

Comissão debate investimentos em fontes alternativas de energia

LOC: O BRASIL PRECISA INVESTIR MAIS EM FONTES ALTERNATIVAS DE ENERGIA E EM FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA SUPRIR ESSE MERCADO.  

LOC: O ASSUNTO FOI DEBATIDO NESTA SEGUNDA-FEIRA PELA COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA DO SENADO, COMO INFORMA O REPÓRTER NILO BAIRROS:  

(Repórter) No quarto painel do ciclo de debates sobre energia, foram analisadas as alternativas da biomassa, a eólica e a solar. Um dos convidados, o professor Ricardo Ruther, da Universidade Federal de Santa Catarina, sugeriu que o país apoie a energia solar como os bancos fazem para facilitar a compra de um automóvel. Ele afirmou que essa energia, além de ser uma aliada do meio ambiente, pode ser uma fonte extra de renda. Principalmente a partir de agora, que a lei permite a recolocação, no sistema, da sobra de energia. E para isso, garante Ricardo Ruther, são necessários apenas um telhado e um financiamento: 

(Ricardo Ruther) Se botar um telhado solar hoje na sua residência, o investimento para ele ter um telhado solar é de 15 mil reais. Ele vai trocar uma conta de 100 reais por mês por um financiamento de 15 mil reais que ele vai ter que descobrir ainda como fazer? Então esse é um gargalo que precisa ser resolvido para que o consumidor residencial possa entrar numa loja como essa e sair com um telhado solar que ele vai pagar com a economia de energia. 

(Repórter) A necessidade de apoio do Poder Público foi ressaltada também pelo pesquisador em energia e consultor da Organização das Nações Unidas, Luiz Horta Nogueira. Ele destacou a lei de eficiência energética, aprovada pelo Congresso, que proíbe a venda de produtos com alto consumo. Já para o diretor do Centro de Energias Renováveis, Alexandre Costa, o Brasil precisa valorizar a energia eólica, gerada pelo vento. E o primeiro passo seria formar profissionais, já que hoje a maioria vem do exterior. O presidente da Comissão, senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, resumiu: o gargalo energético também passa pela Educação: 

(Fernando Collor) Um dos principais nós hoje para que o Brasil possa se desenvolver a taxas compatíveis com o que a sociedade deseja, merece, precisa é a falta de mão de obra especializada, e em todas as áreas, não somente na formação de doutores, PHDs, mas também técnicos os mais diversos, e tudo isso remete quase sempre à educação, educação de base. 

(Repórter) Também participou do debate o representante do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Eduardo Louzada, que falou das vantagens da biomassa, especialmente por sua capacidade de armazenagem. O debate sobre energia na Comissão de Infraestrutura continua nesta quarta-feira pela manhã.
15/04/2013, 09h09 - ATUALIZADO EM 15/04/2013, 09h09
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