Empresas de seguro não oferecem apólices para jogadores, alegam clubes — Rádio Senado

Empresas de seguro não oferecem apólices para jogadores, alegam clubes

LOC: REPRESENTANTES DE CLUBES DE FUTEBOL DISSERAM, EM AUDIÊNCIA NO SENADO NESTA QUARTA-FEIRA, QUE TÊM DIFICULDADES EM CUMPRIR A LEI PELÉ PORQUE NÃO ENCONTRAM EMPRESAS SEGURADORAS QUE QUEIRAM EMITIR APÓLICES PARA JOGADORES E TREINADORES. 

LOC: OS SENADORES VÃO PEDIR UM NOVO DEBATE, COM A PRESENÇA DAS SEGURADORAS PARA SABER OS MOTIVOS DA RECUSA. AS INFORMAÇÕES COM O REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. 

TÉC: O projeto em discussão muda a lei Pelé para exigir a comprovação de contratação de seguro de vida e de acidentes pessoais como condição para participação de atletas em competições. O seguro já é obrigatório desde 98, quando a lei foi sancionada, mas muitos clubes ainda não cumprem essa obrigação. Vários representantes de entidades esportivas disseram que essa regra não é obedecida porque não há empresas interessadas em segurar os atletas. Foi o que explicou o presidente da Liga dos Clubes de Futebol do Nordeste, Alexi Portela Júnior. 

(Alexi Portela Júnior) Existe a lei, mas não existe nenhuma seguradora hoje que faça esse seguro. Desde que entrei no clube eu tento fazer um seguro completo, como manda a lei, e não existe nenhuma seguradora que tenha essa modalidade de seguro. Eu tentei até fora do país trazer, e não consegui. 

(Repórter) O advogado da Confederação Brasileira de Futebol, Amilar Fernandes Alves, disse que a entidade é contra a alteração, por achar que ela vai criar mais custos para os clubes de futebol. Isso porque inclui no seguro previsto na lei Pelé para os jogadores, também os treinadores. 

(Amilar Fernandes Alvez) A lei como está deveria permanecer. É o mais correto, já que as alterações propostas, elas vão onerar muito e abrir um precedente para que outros grupos, outras categorias também peçam, também reivindiquem o seu direito ao seguro obrigatório. 

(Repórter) O autor do projeto, senador Zezé Perrela, do PDT de Minas Gerais, que é ex-presidente do Cruzeiro, disse que a falta de seguradoras já foi uma realidade, mas que hoje há empresas que aceitam contratos com atletas. E sugeriu um novo debate com a presença das corretoras. 

(Zezé Perrela) Hoje já tem empresas no Brasil que fazem esse seguro. Antes de fazer o projeto eu consultei. Então eu vou pedir aqui uma audiência pública pra nós convocarmos as seguradoras, eu vou trazer pelo menos quatro. 

(Repórter) O senador Aníbal Diniz, do PT do Acre, relator do projeto, disse que deve propor ainda uma emenda para que parte dos recursos arrecadados pela CBF com a venda de publicidade seja destinada a um fundo para viabilizar o seguro obrigatório.
10/04/2013, 01h53 - ATUALIZADO EM 10/04/2013, 01h53
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