Magno Malta quer criar comissão para investigar infanticídio em aldeias — Rádio Senado

Magno Malta quer criar comissão para investigar infanticídio em aldeias

LOC: O SENADOR MAGNO MALTA QUER CRIAR UMA COMISSÃO EXTERNA PARA INVESTIGAR DENÚNCIAS DE INFANTICÍDIO EM ALDEIAS ÍNDIGENAS. 

LOC: A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS TAMBÉM VAI CONVOCAR SERVIDORES DA FUNAI ACUSADOS DE CORRUPÇÃO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. 

(Repórter) Convidado para falar sobre o documentário “Antiga Tribo da Amazônia, primeiro contato”, o jornalista australiano Paul Rafalle cobrou das autoridades brasileiras providências para combater o infanticídio e homicídios coletivos em aldeias indígenas. Segundo ele, as crianças que nascem com algum tipo de deficiência na tribo Suruwaha são deixadas no meio da selva para serem devoradas por onças ou ainda enterradas vivas. O cacique guarani, Araju Sepetie, ponderou que os índios que adotam essas práticas não podem ser condenados por uma tradição. Mas defendeu que as crianças possam ser retiradas das tribos. 

(Araju Sepetie)  

(Repórter) O deputado Ronaldo Fonseca do PR do Distrito Federal pretende apresentar projeto que permita a intervenção do Estado quando a tradição indígena colocar em risco a vida dos índios. 

(Ronaldo Fonseca)  

(Repórter) Ainda na audiência da Comissão de Direitos Humanos, o jornalista australiano pediu ainda que o Congresso Nacional investigue supostas irregularidades na Fundação Nacional do Índio. Segundo ele, funcionários da FUNAI cobraram U$ 7 mil para que ele tivesse autorização para fazer o documentário na aldeia indígena do Amazonas. Paul Rafalle revelou que um servidor da FUNAI teria dito para os índios suruawa que os congressistas brasileiros jogariam bombas na aldeia em represália ao infanticídio. Em resposta, o senador Magno Malta do PR do Espírito que convocar esses servidores. Ele quer criar uma Comissão Externa com a participação de parlamentares e integrantes do Ministério Público e da Polícia Federal para ir à aldeia citada no documentário. 

(Magno Malta) 

(Repórter) A índia Iganani de 8 anos, que foi salva pela mãe do sacrifício por ter um tipo de paralisia cerebral, participou da audiência pública. Ela mora em Brasília com a família numa chácara no Gama, cidade satélite de Brasília, mantida pela ONG Atini, Voz pela Vida, que cuida de 15 crianças e famílias que passaram por essa situação.
29/11/2012, 09h08 - ATUALIZADO EM 29/11/2012, 09h08
Duração de áudio: 02:43
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