Planos de saúde que não oferecerem serviço de qualidade serão suspensos — Rádio Senado

Planos de saúde que não oferecerem serviço de qualidade serão suspensos

LOC: OPERADORAS DE PLANOS DE SAÚDE QUE NÃO SE ENQUADRAREM SERÃO SUSPENSAS, AFIRMOU O REPRESENTANTE DA AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE, BRUNO SOBRAL DE CARVALHO. 

LOC: ELE PARTICIPOU DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PROMOVIDA PELAS COMISSÕES DE MEIO AMBIENTE E DEFESA DO CONSUMIDOR E DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS. REPÓRTER PATRÍCIA NOVAES:  

TÉC: Um dos convidados para o debate sobre os Planos de Saúde, Bruno Sobral de Carvalho apresentou uma série de procedimentos que vem sendo adotados pela ANS com o objetivo de melhorar a qualidade da prestação dos serviços. Entre elas, a questão dos prazos para os atendimentos que precisam ser cumpridos, como o de sete dias úteis, no máximo, para a marcação de uma consulta. Bruno lembrou que a ANS já suspendeu cerca de 600 produtos de Planos de Saúde que não se enquadraram e poderá suspender mais. 

(Bruno) Se não há uma rede suficiente pelo menos tem que parar de vender. Parar de vender e remontar a sua rede, conversar com seus prestadores, renegociar com prestadores melhores condições, trazer prestador para o seu lado e começar a oferecer serviço de mais qualidade e de mais acesso. 

(REPÓRTER) O Presidente da Comissão de Meio Ambiente e Defesa do Consumidor, senador Rodrigo Rollemberg, do PSB do Distrito Federal, um dos que solicitaram a audiência, lembrou que é cada vez maior o descontentamento com os Planos de Saúde. Prova disso, segundo ele, é o crescente número de ações judiciais e as correspondentes liminares concedidas. São queixas que vão desde os baixos honorários pagos aos profissionais pelas operadoras até a interferência delas em diagnósticos e procedimentos. Mais grave que isso, segundo o senador, é a questão das fraudes.

(Rollemberg) Aquelas cometidas na rede credenciada como pedidos de exames excessivos e desnecessários, retornos cobrados como novas consultas, serviços com códigos diferentes dos procedimentos efetuados, internação por tempo excessivo e internação em UTI desnecessária. Material de alto custo superfaturados e medicamentos genéricos corados como medicamentos de marca. 

(REPÓRTER) O Presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo Arlindo de Almeida criticou a ANS por obrigar a suspensão da venda de novos planos sem notificação prévia. Participaram ainda da audiência representantes da Secretaria Nacional do consumidor, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde e do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.
30/10/2012, 00h36 - ATUALIZADO EM 30/10/2012, 00h36
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