Ana Rita defende melhor qualificação do pessoal que atende as vítimas — Rádio Senado

Ana Rita defende melhor qualificação do pessoal que atende as vítimas

LOC: OS PROFISSONAIS QUE ATENDEM AS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DEVEM SER MELHOR QUALIFICADOS PARA APLICAR COM RIGOR A LEI MARIA DA PENHA.  

LOC: A ANÁLISE É DA SENADORA ANA RITA, RELATORA DA CPI MISTA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER, QUE NESTA TERÇA-FEIRA ESTEVE NO FÓRUM DE CEILÂNDIA, CIDADE NO DISTRITO FEDERAL. REPÓRTER LARISSA BORTONI.  

(Repórter) O Instituto Médico Legal do Distrito Federal recebe diariamente cerca de seis mulheres que sofreram violência sexual. O diretor do IML, Ricardo Nogueira, explicou aos integrantes da CPI que há na instituição um espaço especial para o atendimento a essas vítimas e que os exames de corpo delito são sempre acompanhados por uma enfermeira. Colhido, o material passa por testes para tentar descobrir o DNA do agressor, o que geralmente acontece em menos de uma semana. Mas Ricardo Nogueira explica que para o sucesso da investigação genética, é preciso que a mulher tome alguns cuidados.

(Ricardo Nogueira) “A vítima denuncie. Vá à delegacia. E quando vier para cá, o mais rápido possível, e evitar o banho. Ela pode fazer esse asseio dela, depois do exame, aqui no próprio IML”. 

(Repórter) Muitas dessas mulheres atendidas no IML são moradoras de Ceilândia, uma das cidades do Distrito Federal, onde há dois juizados de violência doméstica e familiar contra a mulher. O titular do segundo juizado, Daniel Carnacchioni, contou que a cada mês até trezentos processos são abertos e que a solução costuma vir em até dois meses. O juiz, no entanto, pediu à CPI da Violência contra a Mulher uma ação para tornar mais clara o que prevê a Lei Maria da Penha. De acordo com Daniel Carnacchioni, ainda há dúvidas sobre o que é violência de gênero, por exemplo. Mas, para a relatora da CPI, a senadora Ana Rita, do PT do Espírito Santo, o problema não está na lei, mas na qualificação de muitos profissionais encarregados de fazer cumprir a legislação. 

(Ana Rita) “Em princípio, nós entendemos que a Lei Maria da Penha já é suficiente. O que é preciso é as pessoas compreenderem o que está escrito na lei e, para isso, a capacitação resolve, mas se houver necessidade de fazer algum ajuste na lei, nós vamos propor esse ajuste”. 

(Repórter) O Distrito Federal é o sétimo colocado no ranking nacional de violência contra a mulher. A média nacional de homicídios, segundo o Mapa da Violência feito pelo Instituto Sangari, é de 4,4 a cada cem mil mulheres. No DF, são 5,8 por cem mil.
30/10/2012, 06h16 - ATUALIZADO EM 30/10/2012, 06h16
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